Viúvo de Gilberto Braga diz ser contra remake de Vale Tudo

Uma das apostas da Globo para a programação dos seus 60 anos, em 2025, o remake da novela Vale Tudo tem causado burburinhos. A novela ocupará o horário das nove logo após “Mania de Você”. A trama de João Emanuel Carneiro estreia no mês de outubro, após “Renascer”, atualmente no ar.

Isso já foi definido, assim como o diretor artístico da refilmagem –Paulo Silvestrini, que recentemente foi o responsável por comandar os trabalhos em “Vai na Fé” (2023), sucesso das 19h. A autora Manuela Dias teve o texto do primeiro bloco de capítulos elogiado, e o elenco está sendo escalado.

Conteúdo relacionado

Marcelo Cerrado teve crise de pânico em voo: “terrível”Angélica fala sobre abrir o casamento com Luciano HuckTony Ramos diz que valoriza mais a vida após cirurgia

Quem não está gostando nem um pouco dessa história de produzir uma nova versão da novela é o arquiteto Edgar Moura Brasil, viúvo de Gilberto Braga (1945-2021), autor da trama original, com colaborações de Aguinaldo Silva e Leonor Bassérres (1925-2004). “Acho a ideia uma maluquice completa”, disse ele ao site Newmag.

“A novela conseguiu um resultado perfeito em diferentes sentidos: texto perfeito, direção perfeita, escalação perfeita, trilha sonora… Tudo é perfeito ali. Como serão abordados os temas discutidos pela novela nesses tempos atuais, em que tudo é pautado pelo politicamente correto? Sou totalmente contra [uma nova versão]”, afirma, enfático.

Para ele, a Globo “está dispensando seus grandes talentos e privilegiando jovens atores sem a mesma força. Tudo é nivelado por baixo agora”. Nem o sucesso do remake de “Pantanal” o deixa menos irritado com a versão 2025 de “Vale Tudo”.

“A novela tinha na força dos diálogos um de seus pilares. ‘Pantanal’ não tinha nada. Era um bando de mulheres nuas nadando de um lado para o outro”, critica.

Exibida de meados de 1988 a janeiro de 1989, “Vale Tudo” contava a história de Raquel, interpretada por Regina Duarte, que é abandonada pelo marido e se vê obrigada a criar sozinha sua filha, a ambiciosa Maria de Fátima, vivida por Glória Pires. Seu final teve teor de suspense graças a pergunta que fez o Brasil parar: quem teria matado Odete Roitmann? A revelação veio no último capítulo.

Além da exibição original, a novela de Gilberto Braga teve três reprises: uma na Globo em 1992 (quando os padrões de exigência de qualidade de imagens não eram eram tão altos como a partir da década seguinte) e outras duas no canal Viva, em 2010 e 2018.

Quer ver mais notícias de fama? Acesse nosso canal no WhatsApp

Em 2022, a Globo chegou a cogitar uma reprise da trama no Vale a Pena Ver de Novo, no lugar da reexibição de “O Clone” (2001), mas a imagem escura para TV aberta descartaram os planos.