Usinas e cooperativas: Grande Belém precisa reciclar o lixo

Publicado em 31 de agosto de 2023

EDITORIAL:

Terminado o prazo. As prefeituras das três maiores cidades da Região Metropolitana de Belém (RMB), responsáveis pelo montante de resíduos amontoados diariamente no Aterro Sanitário de Marituba, agora correm contra o tempo em busca de protocolos. O objetivo: atualizar/prorrogar prazos que se acumulam há anos e sem que nenhuma apresente um plano adequado para o despejo diário de 1,3 tonelada de lixo. Falar em reciclagem ninguém quer.

Mesmo mediante multas, protestos e manifestações e pouco caso com a Lei de Resíduos Sólidos, as prefeituras de Belém, Ananindeua e Marituba estão longe de fazer o que devem e até pode ser feito, reciclar.

É inadmissível que não haja usinas nem coleta seletiva onde seja feita a separação do lixo doméstico e assim diminuir a quantidade evitando a proliferação dos lixões.

Pensar em administrar essas usinas com incentivo e em parceria com cooperativas de catadores de papéis, vidros, madeiras, metais e plásticos, gerando emprego e renda, parece a anos luz de quem tem o poder da caneta.

Imagine a seguinte situação: todo dia você acordar e levar em uma só sacola um monte de lixo e colocar na mesma lixeira sem separar quem é quem, até ai tudo igual. Por mais que faça diferente, o que já seria bem diferente de 95% da população, o seu cuidado com seus resíduos vai cair na mesma “cesta” a que o caminhão do lixo jogar, lá no aterro, tudo junto e misturado.

Agora veja um outro prisma. Em determinado dia da semana é designado um tipo de material a ser recolhido. Suponhamos na segunda vidro, na terça plástico, na quarta papel, na quinta metal e na sexta plástico.

Estes já separados desde o momento que saiu da sua casa e indo direto para as cooperativas espalhadas pelas cidade, que dentro de usinas farão a limpeza e adequação dos resíduos que podem ser comprados por uma indústria, por exemplo, resultado: menos lixos, logo menos lixão.

E o lixo orgânico, aquele que apodrece? Este pode ter a coleta com menor frequência diária, mas mediante a uma campanha educativa que mostre que serve para adubo e outros fins, faria com que conseguíssemos os tão almejados níveis mais adequados do lixo, comparados aos países mais desenvolvidos.

Se assim é possível fazer. Já passou da hora de acontecer. 


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