Trabalhadores sofrem com situação do Espaço Palmeira
Written by on 10 de setembro de 2024
O Espaço Palmeira, no Centro Comercial de Belém, onde concentram-se boxes em que os permissionários utilizam para realizar vendas de produtos variados e garantir o sustento, há muito tempo não vem cumprindo com o seu objetivo. Isso porque, segundo alguns vendedores, o estado de abandono, sujeira e falta de estrutura afasta tanto os vendedores quanto a clientela.
O DIÁRIO esteve no local há alguns dias e encontrou a maioria dos boxes estavam fechados. Os que já se encontram abandonados servem de abrigo para pessoas em situação de rua e também são utilizados por usuários de drogas, segundo quem frequenta ali. O mato alto, a falta de manutenção– que reflete em água empoçada e mau cheiro no local – tal como a maioria das calhas com sinais de deterioração, são o que refletem a realidade do espaço.
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O permissionário, de 65 anos, chamado “Calado”, conta que cerca de 8 calhas provisórias foram colocadas em alguns corredores, tudo por conta dos próprios trabalhadores que realizavam coleta entre si para comprar o material e a execução do serviço. “Por parte da prefeitura, nunca se manifestaram, e nós tentamos dialogar, comunicar as necessidades”, destaca.
Ainda de acordo com o trabalhador, que está há 32 anos no local, a vigilância do espaço também é privada, paga pelos permissionários, já que não podem contar com a segurança pública e fica perigoso ao anoitecer. “Estamos cansados de promessas, não esperamos mais nada, só que tenhamos saúde para que nós mesmos possamos fazer por nós”, completa.
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Suzi Carneiro, 54, permissionária que trabalha há 14 anos no local, também já perdeu a esperança de ver o espaço estruturado e mais frequentado por clientes. Ela diz que o principal problema tem sido o calor intenso e próximo às 10h da manhã, fica impossível estar no espaço. “Muita gente adoece, eu ando com dor de cabeça, só venho para cá porque preciso”, disse. “Então, o que queremos é que a próxima gestão olhe para nós, porque faltou gestão”, acrescenta.
Até o fechamento desta edição, a reportagem do DIÁRIO não teve retorno da Prefeitura de Belém.