São Cosme e Damião: entrega de bombons segue tradicional

Na última quarta-feira (27), dezenas de terreiros, famílias e amigos comemoraram o dia de São Cosme e São Damião, data reconhecida pela tradição de distribuir bombons e doces às crianças presentes, uma prática que combina a fé religiosa com o espírito da doçura e da solidariedade.

Cosme e Damião são conhecidos na cultura afro-brasileira como os “Ibejis”, gêmeos que dedicaram suas vidas a curar os doentes e auxiliar os necessitados. No sincretismo religioso, são associados a São Cosme e São Damião na umbanda e ao Dia das Crianças na cultura popular brasileira.

Observar isto é fundamental, já que é uma forma de combater o lamentável preconceito religioso que ainda existe por parte de pessoas que desconhecem a Umbanda. O “combate” parte principalmente através das crianças, que veem, participam, aproveitam a festa e conhecem a religião, notando e aprendendo não somente a respeitar, mas também ter uma visão de mundo mais ampla, diversa, por que não dizer, civilizada.

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No Terreiro de Mina Nagô Ogum e Iansã, no Conjunto Guajará, em Ananindeua, mais uma vez houve distribuição de bombons e brinquedos. Sob o comando de Mãe Joana, o gesto simboliza não apenas a doçura dos doces, mas também a generosidade, a partilha e a crença de que São Cosme e São Damião protegem e abençoam especialmente as crianças.

A entrega é tradicional e anunciada com dias de antecedência. Este ano, atraiu dezenas de crianças, adolescentes e até adultos que lotaram a rua em frente ao Terreiro. Mesmo que tenham disputado os presentes, fizeramm isto de modo pacífico e divertido, sintetizando a Fé e (re)união características da data.

“É muito importante para nós, que somos praticantes da religião de matriz africana, em especial o Tambor de Mina celebrar a festa dos Erês representados por Cosme e Damião. Receber as crianças no terreiro e poder ver o sorriso de cada uma delas não tem preço, a distribuição dos bombons e brinquedos em muitas casas acontece como forma de agradecer alguma graça alcançada”, conclui o Filho de Santo Thiago Favacho.