Robô que auxilia em cirurgias já é utilizado no Pará

Publicado em 18 de julho de 2024

Que tal um robô ajudando a fazer uma cirurgia? Ele existe e já chegou ao Pará. Tudo começou em 1999, quando o robô “Da Vinci” foi lançado. O equipamento acabou inaugurando a cirurgia robótica naquele ano, ao auxiliar procedimentos operatórios. A técnica chegou ao Brasil poucos anos depois, em 2008, mas a regulamentação no país pelo Conselho Federal de Medicina só se deu em 14 anos depois, em 2022, através da Resolução de nº 2.311/2022.

O “Da Vinci” foi projetado para permitir melhores resultados e mais eficiência, com mais de 150 inovações, com avanços que oferecem suporte a sentidos cirúrgicos aprimorados, maior autonomia do cirurgião, fluxos de trabalho de sala de cirurgia mais simplificados e análises avançadas de dados para permitir o futuro da cirurgia.

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Por meio da integração e controle de componentes na ponta dos dedos, os cirurgiões podem gerenciar todos os componentes necessários para a cirurgia a partir de seu console, reduzindo a carga de trabalho da equipe de atendimento. No Pará, o equipamento está instalado no Hospital Porto Dias.

O cirurgião bariátrico, Carlos Armando Ribeiro dos Santos, ressalta que a tecnologia permite, sobretudo, precisão de movimentos e melhor visualização das estruturas – sobretudo as menores e mais difíceis de operar -, podendo ser utilizado em várias especialidades cirúrgicas, proporcionando estatisticamente maior índice de acertos e um pós-operatório mais tranquilo, melhorando as dores nos pacientes (outra grande vantagem da técnica), pois gera menos estresse inflamatório.

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Pode ser utilizado em todas as cirurgias do aparelho digestivo, toráxicas, urológicas, de cabeça e pescoço e até para transplantes de rins, por exemplo. Outra facilidade é que a técnica permite que o médico acesse áreas de difícil aproximação no corpo humano pela cirurgia aberta ou laparoscópica.

“O robô dá ao médico que opera uma visualização ampla, mais nítida que possibilita corrigir defeitos e patologias com total segurança, com visualização completa das estruturas anatômicas”, observa Carlos. A plataforma vem sendo utilizada em Belém em várias especialidades e ganhando espaço nas cirurgias bariátricas”, diz Carlos Armando.



Para utilizar o robô, o médico se acomoda numa espécie de console que conecta a braços mecânicos.“Todo o movimento que o cirurgião faz no aparelho é reproduzido por esses braços mecânicos na cavidade abdominal. O médico comanda pelo console braços e a câmera acoplados ao paciente”, detalha o médico.

Ele explica que o equipamento funciona com o cirurgião comandando os movimentos de um console. “O robô replica com precisão os movimentos coordenados pelo cirurgião. “Ao contrário do que pensam não é o robô substituindo o homem, mas o homem se tornando mais preciso com a tecnologia”, compara o especialista.



Carlos Armando lembra que hoje a Inteligência Artificial (IA) aperfeiçoa ainda mais o procedimento, na medida em que o médico pode, durante o ato cirúrgico, ser alertado de estruturas nobres e, com a utilização e medicamentos mostrar a vascularização dos tecidos. “A robótica não é o futuro ela já é uma realidade há um bom tempo. É o caminho, a evolução de uma medicina mais precisa, moderna e tecnológica”, compara.

ESPECIALISTA

O médico especialista em cirurgia bariátrica que atua em São Paulo, Fernando Barros, esteve em Belém entre os dias 8 e 11 desse mês. Ele veio à capital paraense para uma série de cirurgias junto a Carlos Armando Ribeiro, utilizando o “Da Vinci”, que só o Hospital Porto Dias disponibiliza aos pacientes na capital. O equipamento foi projetado pelo instituto norte-americano Intuitive

“O robô dá ao médico que opera uma visualização ampla, mais nítida que possibilita corrigir defeitos e patologias com total segurança, com visualização completa das estruturas anatômicas”, Carlos Armando Ribeiro, cirurgião.




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