Reserva financeira: veja dicas práticas para montar a sua
Written by Redação on 1 de abril de 2025
Reserva emergencial é um valor guardado que garante a segurança financeira em momentos de crise. A quantia serve para cobrir despesas imprevistas, como reparos emergenciais da casa ou do carro, gastos médicos, até a perda repentina de emprego ou redução da renda. Por isso, o fundo emergencial é uma ferramenta que evita o endividamento.
De acordo com o economista Nélio Bordado, consultor com foco em educação financeira, a construção da reserva emergencial, quando bem planejada, é fundamental para a saúde financeira, proporcionando tranquilidade frente a imprevistos, evitando a necessidade de recorrer a empréstimos e outros modos de endividamento.
A criação do fundo emergencial vai depender da renda de cada trabalhador. Tecnicamente, o ideal seria destinar entre 10% a 20% da renda líquida mensal para compor o dinheiro de emergência. Porém, se não for possível, o importante é criar o hábito de guardar nem que seja uma pequena parcela do soldo para esse fim. Isso porque, com o tempo, a prática pode estimular a economia das despesas.
“Tecnicamente, o correto seria 20% da renda líquida mensal. Agora, esse percentual pode ser também de 10% porque depende de quanto você tem de renda. Às vezes o salário está todo comprometido, então você reduz para o valor que tem disponível porque isso já cria um hábito. Daqui a seis meses quando a pessoa ver um valor significativo na conta, vai tomar gosto pela reserva e já vai partir para a economia dos gastos para destinar mais para a reserva de emergência. A palavra disciplina é importante. Todo mês, naquele dia 10, por exemplo, tem que fazer o depósito”, recomenda Bordalo.
Para montar um fundo emergencial do zero é preciso seguir alguns passos essenciais. O primeiro deles é mapear as despesas financeiras individuais ou familiares com o objetivo de estabelecer o valor que pode contribuir para a reserva. “Primeiro, a pessoa tem que avaliar as suas despesas mensais, em uma lista ou em planilhas financeiras, colocando o máximo de informações possíveis: quanto a pessoa gasta com aluguel, com o pagamento de telefone, água e luz, ser o mais detalhista possível para ter noção do orçamento mensal. Com essa planilha, a pessoa tem uma visão geral dos seus compromissos”.
Em segundo lugar, é necessário estabelecer metas financeiras claras. “O segundo passo é estabelecer metas financeiras claras, ou seja, definindo para o que seria essa reserva. Se não tiver definição, como a compra de algum bem, deixe esse valor aplicado em uma conta poupança ou em títulos públicos, como Tesouro Selic ou CDB de liquidez diária. Como é uma reserva de emergência, o dinheiro não pode ser deixado aplicado por muito tempo”, pontua Bordalo.
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O terceiro ponto é destinar a quantia para uma conta separada para evitar gastos com compras supérfluas. “É interessante também automatizar as economias para que tenha essa conta específica. A partir do momento que recebe o salário, você já direciona uma parte para essa reserva, que não pode ser gasta. Isso é interessante porque já vai direcionar o dinheiro para o seu objetivo”, sugere o especialista.