República de Emaús lembra 3 anos sem Padre Bruno Sechi

Written by on 29 de maio de 2023

Nesta segunda-feira (29), o Movimento República de Emaús realizará uma celebração em memória pelos três anos da partida de Padre Bruno Sechi, fundador da entidade sem fins lucrativos. A República de Emaús surgiu a partir de um movimento de jovens da Escola Salesiana do Trabalho, na capital paraense, no ano de 1970. Eles participavam de missas e, pelo conhecimento do Evangelho, iniciaram uma busca por pessoas excluídas da sociedade.

O grupo de jovens, encabeçado pelo padre, fazia rondas noturnas quando observou a presença de crianças e adolescentes que dormiam pelas ruas, na área do complexo Ver-o-Peso. À época, essas crianças e adolescentes atuavam na área trabalhando como engraxates, vendedores de sacolas e jornais. Foi, então, que o movimento jovem iniciou um trabalho com o intuito de promover dignidade e melhores condições de vida a eles.

“Começamos a ir de forma frequente à feira para fazer um levantamento da quantidade de crianças que estavam nessa situação. Eles ficavam o dia todo ali e alguns dormiam na rua. Começamos a pensar em uma forma de atraí-los para um trabalho social. E em outubro de 1970 surgiu o restaurante do Pequeno Vendedor, no Forte do Castelo. Percebemos as necessidades que eles tinham de escolarização, de lazer e, principalmente, de organização do trabalho porque eles eram explorados por adultos ali na feira”, relata Georgina Cordeiro, que integrava o grupo de jovens e atualmente é coordenadora-geral do Movimento República de Emaús.

Com o crescimento do trabalho social, o Movimento recebeu a doação de um espaço localizado na travessa Quintino Bocaiúva. Neste período, foi criada a Campanha de Emaús com o objetivo de sensibilizar a sociedade para a causa das crianças e dos adolescentes em situação de rua. Em 1972 a campanha começou a ir para as ruas, recebendo doações variadas para que o movimento conseguisse manter o trabalho.

 











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“A campanha tinha duas finalidades que permanecem até hoje: sensibilizar a sociedade para a causa das crianças e adolescentes e, ao mesmo tempo, com os recursos da venda das doações, manter o trabalho social, porque não se tinha financiamento. Hoje, por exemplo, a campanha reduziu bastante por conta das doações que diminuíram e outras situações”, informa.

Já em 1980, o governo do estado, à época, doou um terreno no bairro do Benguí e com recursos federais foi criada uma escola aberta para atender crianças e adolescentes. O espaço é hoje a sede da República de Emaús e é, também, onde funciona projetos e atividades do movimento.

Hoje o movimento possui diversos projetos, dentre eles há, por exemplo, o Centro de Defesa da Criança e do Adolescente (Cedeca-Emaús), que presta atendimento jurídico para famílias; oferta cursos de música, teatro e profissionalizantes para adolescentes entre 14 a 17 anos, em parceria com diversas empresas e instituições.

LEGADO

Além de ser o idealizador e fundador do Movimento República de Emaús, com este movimento iniciado em Belém, o Padre Bruno Sechi foi pioneiro na construção e elaboração do Estatuto da Criança e do Adolescente. “Ele influenciou fortemente no Brasil todo, foi coordenador nacional do movimento e participou de várias frentes em outros estados. Saiu daqui e criou sementes em todos os lugares. Influenciou fortemente o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente que é adotado hoje pelo Brasil”, disse Georgina. “A frase célebre dele ‘não nos deixe perder a esperança’, é porque a gente tem a esperança de que isso mude. Que um dia não seja preciso um trabalho desse porte, que as crianças tenham esse direito reconhecido”.

 











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Milhares de crianças e adolescentes já passaram e foram beneficiados pelos projetos da República de Emaús. Muitos hoje possuem formação acadêmica e ocupam importantes posições na sociedade. Algumas dessas pessoas retornam para atuar na entidade e, com isso, conseguem ajudar outras pessoas.

Um dos jovens que ingressou no Movimento para fazer um curso de manutenção de computadores e que hoje atua como instrutor no centro de inclusão digital é Paulo Vitor Costa, 26.

 











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“Precisava de um curso de informática que me ensinasse a fazer manutenção de computadores e notebooks, sempre tem algo novo que a gente aprende. Hoje eu sou instrutor. Para o bairro é um trabalho vital, muito importante. Descobri uma profissão, não sabia que tinha essa aptidão para dar aula, repassar meu conhecimento para outras pessoas. Então, para mim foi muito importante e hoje também estou fazendo curso de rede de computadores”, declara.

Diversos projetos e até uma via da cidade homenageiam o Padre Bruno, a exemplo da Avenida Padre Bruno Sechi, local onde fica situada a sede da República de Emaús; um Memorial próximo ao Porto Futuro, no bairro do Reduto; a Usina da Paz Padre Bruno Sechi, entre outros.

Serviço

Saiba como ajudar

Mantida especialmente com recursos de doações, a entidade segue promovendo a Campanha de Emaús a fim de sensibilizar a sociedade para a causa das crianças e adolescentes e, ao mesmo tempo, com os recursos da venda das doações, manter o trabalho social.

Interessados podem acessar o site da entidade para saber mais detalhes de como tornar-se um doador, por meio do site.


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