Quais frutas estão mais caras e mais baratas em Belém? Veja
Written by Redação on 5 de junho de 2025
Um levantamento divulgado pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese-PA) revela que os preços das frutas mais consumidas no Pará continuam elevados.
A pesquisa feita em feiras livres e supermercados de Belém aponta aumentos significativos tanto no mês de maio de 2025, quanto no acumulado do ano e nos últimos 12 meses. Em muitos casos, os reajustes estão acima da inflação, calculada em torno de 5,50% para o mesmo período. Se comparar maio com abril de 2025, a maioria das frutas teve aumento de preço.
Os maiores reajustes foram: maracujá (kg): +25,36%; melancia (kg): +19,62%; abacaxi (unidade): +11,53%; abacate (kg): +10,54%; goiaba vermelha (kg): +7,01%; acerola (kg): +6,63%; banana prata (kg): +4,48%; limão (kg): +1,12%.
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Os principais fatores que formam e impactam os preços das frutas que chegam ao Estado têm relação com as condições climáticas, que podem afetar a produção e a colheita, assim como a oferta e demanda do mercado, que variam ao longo do tempo. As questões logísticas e de transporte também podem influenciar o custo e a disponibilidade, além de fatores econômicos, como variações cambiais e custos de insumos agrícolas.
“Boa parte dessas frutas não são produzidas aqui no estado, a gente traz de outros locais. Então essa questão climática interfere fortemente no custo de produção, na distribuição e na logística. E para cá, para a região norte, o deslocamento desses produtos até chegar nas nossas feiras e mercados, também conta com o chamado frete. Infelizmente, inclusive aliado ao inverno amazônico, acaba encarecendo ainda mais. Então as variações climáticas, o alto grau de dependência que nós temos, isso condiciona preços maiores para cá”, ressalta Everson Costa, supervisor técnico do Dieese-PA.
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INCENTIVO
Ao analisar a dinâmica atual dos preços das frutas no estado, é preciso levar em conta os efeitos combinados da sazonalidade, da logística e, mais recentemente, das variações climáticas. Esses fatores têm provocado oscilações significativas nos valores ofertados ao consumidor final, comprometendo o acesso da população a alimentos básicos e impactando diretamente a economia local.
Dentro desse cenário, segundo o Dieese, é preciso pensar em soluções estruturantes e sustentáveis que possam reduzir essas vulnerabilidades de mercado.
“A médio e longo prazos a ideia é que a gente pudesse ter políticas que pudessem incentivar a produção de parte dessas frutas aqui para poder abastecer principalmente a região metropolitana, onde você tem uma demanda e uma busca, um consumo maior, para que esses preços ficassem mais equilibrados. Até lá a gente vai sofrer com oscilações de preços, que tem esse enredo que chegam até 80%, como é o caso da melancia”, destacou o supervisor do Dieese local.
Serviço
O que vale a pena comprar na feira
- Manga rosa (kg): -6,52%;
- Tangerina (kg): -5,88%;
- Melão amarelo (kg): -2,35%;
- Laranja pera (kg): -1,49%;
- Mamão (kg): -1,23%;
Quedas registradas em maio/2025
Altas acumuladas (janeiro a maio/2025)
- Melancia (kg): +80,98%
- Abacaxi (unidade): +37,96%
- Mamão (kg): +17,60%
- Manga rosa (kg): +7,61%
Quedas registradas (janeiro a maio/2025)
- Abacate (kg): -58,95%
- Limão (kg): -47,33%
- Laranja pera (kg): -11,21%
- Melão amarelo (kg): -10,48%
Altas acumuladas (maio/2024 a maio/2025)
- Melancia (kg): +49,17%
- Abacaxi (unidade): +44,02%
- Abacate (kg): +34,78%
- Limão (kg): +32,20%
Quedas registradas (maio/2024 a maio/2025)
- Manga rosa (kg): -19,05%
- Melão amarelo (kg): -20,41%
- Maracujá (kg): -7,44%
Fonte: Dieese/PA