Público aproveita férias para visitar pontos turísticos
Written by on 22 de julho de 2024
Enquanto muitos deixaram Belém rumo ao interior do Estado durante as férias de julho, outros aproveitam o que a capital tem a oferecer. A Estação das Docas e o Forte do Presépio, alguns dos principais pontos turísticos da cidade, atraíram diversos visitantes na tarde de ontem (21), que optaram por desfrutar de um passeio cultural e gastronômico sem sair de Belém.
Com vista privilegiada para a Baía do Guajará, conhecida por sua variedade de restaurantes e pela paisagem que oferece, a Estação das Docas foi ponto de movimentação para quem aproveitava a tarde para desfrutar de uma boa conversa ou a área de alimentação. João Moraes, de 44 anos, natural de Belém, mas residente de Brasília, visitou o complexo com a família. “Escolhi a Estação das Docas porque atualmente acho que é mais prazeroso passear aqui, ver o rio e tudo. Vim a passeio para ver a família e estou aproveitando para revisitar lugares que sempre gostei”, comentou João, acompanhado da esposa e da filha, além de outros familiares.
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A nutricionista Natália Costa, 37 anos, da cidade de Santarém, que está visitando a capital paraense há uma semana, também escolheu a Estação para passar parte do fim de semana na companhia de uma amiga. “Aproveitei para fazer alguns passeios pela cidade e a Estação das Docas é sempre um ambiente agradável, pelas várias opções de restaurantes e pelo visual à beira do rio. É um lugar que sempre visito quando venho a Belém”, relatou.
Enquanto isso, no Forte do Presépio, espaço que integra o complexo Feliz Lusitânia, área que reúne alguns dos principais pontos turísticos do centro histórico de Belém, a movimentação foi tranquila. A estudante de odontologia Izabela Prado, 20, levou sua tia Ana Lúcia, de Bragança, para conhecer o local. “Escolhi o Forte porque minha tia não é daqui e queria mostrar esse ponto turístico famoso. Apesar de morar em Belém há 13 anos, também é minha primeira vez aqui e estou achando a estrutura e toda a história que carrega muito interessantes”, conta.
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Vindos do Rio de Janeiro, o petroleiro Gustavo Marun, 47, e a administradora Patrícia Figueiras, 49, estão explorando Belém e os arredores. “Sempre ouvi falar muito bem de Belém, pela culinária, pela natureza e pela história. Chegamos na capital, fomos a Alter do Chão e voltamos para conhecer a parte histórica. Para esse final de semana, conhecemos o Mercado Ver-o-Peso e o complexo Feliz Lusitânia. Gostei muito. A cidade tem muita riqueza cultural e histórica que precisa ser mais exaltada”, comentou Gustavo.
Patrícia acrescentou que está visitando o Estado para aprender com a riqueza cultural local. “Escolhemos o Forte para ser atração por todo o significado que tem. A vista é linda, e é um programa maravilhoso para quem mora aqui; para manter, acredito que é essencial preservar a natureza e exaltar as características locais”.
Praça da República: passeios e piqueniques
Cercada por vários edifícios importantes, incluindo o Theatro da Paz, a Praça da República é uma alternativa para quem busca relaxamento e descontração, que foi o caso deste domingo, 21. Longe dos balneários badalados em julho, centenas de pessoas encontraram ali o lugar certo para piqueniques e passeios ao ar livre.
O promotor de vendas Paulo Dias, 52, contou que costuma passear com a família na Praça da República, especialmente aos domingos. “O meu filho é autista e gosta muito da praça. Então, a gente sempre passeia por aqui porque é um lugar agradável, onde a gente encontra tudo que a gente quer: diversão, compras nas feirinhas e brinquedos antigos, é uma diversão para a família toda, mas hoje estamos só nós dois. Como estamos de férias e a gente não viajou, é uma oportunidade pra gente ter um momento em família e criar memórias juntos”, afirmou.
A Praça da República retrata uma tradição da artesania paraense com a presença das dezenas de barracas pelo espaço. O costume é antigo, desde o século 19, quando o entorno da Praça da República era chamado de Largo da Pólvora e projetava a forte cena artística e cultural desenvolvida na capital paraense a partir da Belle Époque.
Com uma toalha estendida no gramado, a família do soldador Egui Santos, 36, com a esposa Maria Cristina, 34, se divertiu em um piquenique apetitoso. “A gente trouxe comida, refrigerante, água, fruta, livro, muita coisa boa e gostosa. Sempre que a gente vem para cá tem alguma novidade. Por exemplo, tem as feiras e o artesanato, tem opções para as crianças brincarem, venda de comidas também, mas tem eventos culturais na praça e no Theatro da Paz, que é um local bom para conhecer a história da cidade”, disse a cozinheira. “É uma coisa boa fazer isso de vez em quando, para espairecer mais a mente, reunir a família, ficar mais tranquilo”, completou o marido da jovem.
A pedagoga Regina Ruivo, 61, que estava com a filha, o genro e o neto, acompanhou a criança no pula-pula. “É muito importante ter esse momento de relaxamento e de distração durante o mês de férias, tanto para as crianças quanto para nós, adultos. Na minha condição de idosa, para mim, isso é muito bom e satisfatório. Para a criançada, essa interação é fundamental”, considerou.
Regina Ruivo comentou ainda sobre o estado da estrutura do local. “A Praça da República é tudo de bom pra gente. Infelizmente, a gente está sentindo uma necessidade de melhorias. Por exemplo, nós estávamos andando e encontramos muitas pedras soltas. Isso é uma coisa muito negativa. As crianças podem cair, se machucar, mas, fora isso, a gente está feliz passeando. Temos um refúgio com as sombras das árvores, isso é muito valioso pra gente”.