Projeto de Jader prevê recursos para santas casas  

Written by on 6 de novembro de 2022

Ao longo dos últimos anos, as Santas Casas e os hospitais filantrópicos do país vêm enfrentando uma forte crise financeira que afeta mais de 83% dessas instituições e afeta gravemente o atendimento à população. Segundo a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), o déficit do setor chega a R$ 10,9 bilhões e mais de 500 dessas instituições já fecharam as portas. Responsáveis pela manutenção de 169 mil leitos hospitalares e 26 mil leitos de UTI em todo o Brasil, as santas casas e hospitais filantrópicos correm o risco de interromper tratamentos já iniciados.

Com o objetivo de encontrar uma fonte de recursos para garantir a sobrevivência dessas instituições, o senador Jader Barbalho (MDB-PA) apresentou um projeto de lei que estende até o final de 2024 o prazo das aplicações do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) em operações de crédito destinadas às entidades hospitalares filantrópicas, bem como a instituições que atuem no campo para pessoas com deficiência, sem fins lucrativos e que participem de forma complementar do SUS.

“Essas entidades beneficentes acumulam um histórico fundamental de prestação de serviços à população mais necessitada do país. Prestam serviço de excelência ao povo e estão passando por um momento de graves necessidades financeiras. Elas sobrevivem basicamente dos repasses do Sistema Único de Saúde cujas tabelas estão deficitárias. É preciso encontrar uma maneira de manter esses hospitais em funcionamento”, justifica o senador.

 











|













Texto Auxiliar:
Alinhamento Texto Auxiliar:
Link Externo:
Alinhar à esquerda:
Alinhar à direita:
Alinhar ao centro:
Fullscreen:
Fullscreen Exit:
Conteúdo Sensível:


  

A Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará é uma exceção quando comparada a situação dessas instituições em outros estados. O governador Helder Barbalho tem destinado recursos não apenas para o atendimento ambulatorial e internações, como também para garantir avanços e modernização nas estruturas física e na segurança e qualidade do atendimento aos pacientes. A Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará é o hospital 100% SUS do Estado.

FGTS

A proposta apresentada por Jader Barbalho prevê mudanças na Lei nº 8.036, de 11 de maio de 1990, que dispõe sobre o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço que passa a vigorar com a seguinte redação: “As aplicações do FGTS em operações de crédito destinadas às entidades hospitalares filantrópicas, bem como a instituições que atuem no campo para pessoas com deficiência, sem fins lucrativos e que participem de forma complementar do SUS, ocorrerão até o final do exercício de 2024.”

No texto atual da referida Lei, as operações de crédito do FGTS destinadas às entidades hospitalares filantrópicas e sem fins lucrativos que participem de forma complementar do SUS, em atendimento emergencial e momentâneo tem prazo até o final do exercício de 2022.

Um dos principais motivos da crise dessas instituições, de acordo com a Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas (CMB), está no recebimento de apenas 60% do valor dos serviços ofertados pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Os outros 40% ficam por conta das entidades.

“Está claro que o diagnóstico da crise vivida pelas Santas Casas é a ausência de recursos. Para evitar o fechamento de outras instituições beneficentes, que são responsáveis por mais de 50% dos leitos disponibilizados pelo SUS e empregam milhares de pessoas em todo o Brasil, proponho a prorrogação do prazo, até 2024, para a utilização das aplicações do FGTS nas operações de crédito destinadas à essas entidades”, explica o senador Jader Barbalho. “No momento em que nós estamos com dificuldade de orçamento, isso é um apoio importante, fundamental e estratégico para poder continuar fortalecendo a saúde pública do nosso país”, ressalta o parlamentar.

As primeiras Santas Casas do Brasil foram fundadas ainda no Período Colonial. São institutos de saúde administrados por irmandades ou fundações, sem fins lucrativos. A de São Paulo existe desde 1.884. Elas eram mantidas, principalmente por doações. Porém, a manutenção desses hospitais está cada vez mais comprometida. Atualmente, 83% das instituições filantrópicas da categoria enfrentam grave crise financeira.

Atualmente, parte do financiamento das Santas Casas é feito através de incentivos enviados pelo Governo Federal e repassado pelos estados e municípios que, por sua vez, também podem investir recursos próprios nas unidades. O Ministério da Saúde também paga, de acordo com a Tabela do SUS, um valor padrão para cada procedimento, remédio ou material.

Em nível nacional, o acúmulo da dívida já está próximo a 11 bilhões de reais. Cirurgias e outras atuações médicas têm sido canceladas por falta de recursos e débitos feitos com o sistema financeiro e fornecedores.

“Essas entidades beneficentes acumulam um histórico fundamental de prestação de serviços à população mais necessitada do país. Prestam serviço de excelência ao povo e estão passando por um momento de graves necessidades financeiras. Elas sobrevivem basicamente dos repasses do Sistema Único de Saúde cujas tabelas estão deficitárias, Jader Barbalho, senador


Faixa atual

Título

Artista

AO VIVO!

Show da Madrugada

01:00 06:00

AO VIVO!

Show da Madrugada

01:00 06:00