Problema do lixo acumulado continua em ruas de Ananindeua

Written by on 27 de dezembro de 2024

O lixo que está acumulado há dias em diversos pontos de Ananindeua está causando transtornos para os moradores, que convivem com o mau cheiro e a proliferação de insetos. A situação, que já é recorrente, piorou nas últimas semanas com a ausência da coleta regular, agravando os impactos na saúde e na qualidade de vida da população. Uma triste contastação de que, desde que foi reeleito, o prefeito Daniel nada fez pelo município.

Na manhã de ontem (26), o DIÁRIO flagrou diversos pontos em bairros do município, como na avenida Independência com a travessa Manaus, no Maguari, assim como no canteiro da travessa SN 21 entre We 91 e 90, no Coqueiro, além de pontos na Estrada da Providência, próximo a BR-316, onde o acúmulo de resíduos é um problema crônico.

A cozinheira Fátima Azevedo, de 58 anos, precisa transitar a poucos metros de um depósito improvisado de lixo na We 35 com a travessa SN Dezenove, na Cidade Nova 5. O problema, que já foi divulgado pelo DIÁRIO em junho deste ano, permanece. Segundo ela, o caminhão da coleta costumava passar durante a semana, mas o serviço foi interrompido há alguns dias. Além do lixo doméstico comum, e descarte de galhos, o cenário é quase de uma casa desfeita: cama, sofá, caixa de ventilador e até vaso sanitário. “É muito difícil para a gente aqui porque o mau cheiro invade tudo. Jogam restos de comida, sacos orgânicos e até bichos mortos”, desabafou. Ela, que passou o Natal em casa, teve a comemoração de portas fechadas para que o odor de lixo não invadisse a residência. “Fechamos, porque ou a gente trancava tudo ou comia sentindo esse cheiro horrível”, pontua.



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Na We 78 com a travessa de mesmo número, no Conjunto Cidade Nova VI, um dos pontos mais críticos, o autônomo José Maria Rocha, de 62 anos, sofre com os impactos do acúmulo de lixo. Morador do perímetro há 40 anos, ele relata que o problema é antigo e só recebe atenção quando a comunidade se mobiliza. “O caminhão só vem quando tem muita pressão, mas mesmo assim demora. Lá em casa já tem mais de duas semanas que o lixo doméstico não é recolhido. E não é só lixo de casa, tem madeira, restos de frutas e até entulho de obras aqui”, afirma.

Com diabetes e histórico de outros problemas de saúde, José Maria destaca o incômodo com a situação. “O mau cheiro é insuportável, principalmente para quem, como eu, tem a saúde debilitada, me causa enjoo quando vou almoçar, e minha neta, de 7 anos, fica exposta a isso. É revoltante, porque ninguém faz nada”, frisa.


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Reclamação

Na travessa SN 22, entre We 85 e 86, em frente ao Centro de Referência e Assistência Social (CRAS), na Cidade Nova, o sapateiro Carlos Amaral, 68, acompanha o problema desde que começou a trabalhar na área, há cinco meses. “O lixo nunca foi retirado desde que comecei a trabalhar aqui. A situação piorou muito depois de outubro. É lixo por todo lado, ocupando a calçada”, contou.


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