Prêmio ABCA contempla paraenses em diferentes categorias

Publicado em 11 de agosto de 2023

A Associação Brasileira de Críticos de Arte (ABCA) divulgou, nesta quinta-feira, 10, os nomes dos contemplados com o prêmio destinado aos artistas visuais, curadores, críticos, autores e instituições culturais que mais contribuíram para a cultura nacional em 2022. E o Pará está representado entre os premiados.

Ao todo, foram 13 categorias, e ainda os destaques regionais, totalizando 18 prêmios, que foram atribuídos a partir dos votos de cerca de 165 associados da ABCA em todo o país – assim como foi feita a lista de indicados, divulgada no início de maio.

O artista visual, curador, poeta, xamã e compositor bragantino Bené Fonteles recebeu o Prêmio Ciccillo Matazazzo, destinado à personalidade atuante no meio artístico. Ele vem atuando em exposições como artista e depois curador desde os anos 1970. Com uma longa e consolidada trajetória artística nas artes plásticas, música e poesia, Bené tem álbuns e livros publicados e obras expostas em acervos dos museus de arte moderna de São Paulo, Rio, Nova York, Paris e Bahia, além de ter participado de cinco Bienais Internacionais de São Paulo e diversas mostras individuais e coletivas ligadas à arte postal e a pesquisas de novas expressões artísticas.

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A militância ecológica é um traço marcante em sua obra, sendo criador do “Movimento Artista pela Natureza”, que desde 1986 promove a consciência ecológica e educação ambiental por meio da arte. Grande parte do seu trabalho dialoga com as estéticas e poéticas das culturas indígenas.

Já a crítica de arte, professora e pesquisadora Mariza Mokarzel foi premiada como destaque regional do Norte por sua trajetória, enquanto o historiador Aldrin Figueiredo recebeu o Prêmio Maria Eugênia Franco, destinado à curadoria de exposições, junto com o grupo responsável pela curadoria da exposição “Raio que o parta: ficções do moderno no Brasil”, realizada no Sesc 24 de Maio, de São Paulo. Além do paraense, também integraram a curadoria Clarissa Diniz, Divino Sobral, Marcelo Campos e Paula Ramos, sob a coordenação geral de Raphael Fonseca.

A mesma exposição, que evoca uma leitura popular do modernismo na arquitetura típica do Pará, foi considerada a melhor do ano de 2022, levando o Prêmio Paulo Mendes de Almeida. “Penso que é um respeito ao nosso trabalho árduo para fazer essa exposição. É um respeito ao Raio que o Parta no Pará, e um respeito ainda a 200 artistas que se envolveram com o Brasil de diferentes formas e que pesquisaram, investigaram e que constituem esse quebra-cabeça maravilhoso que é a relação entre arte moderna e Brasil, uma somatória disso tudo”, disse ao DIÁRIO o curador Raphael Fonseca, à época da indicação.

Em uma edição pontuada por diversos artistas paraenses, figuravam ainda entre os indicados, este ano, o poeta e pesquisador João de Jesus Paes Loureiro, a artista visual Rafael Bqueer, a Coleção Amazoniana da UFPA, o fotógrafo Miguel Chikaoka (que não é paraense de nascimento, mas mora e atua em Belém há cerca de 40 anos) e a Associação Fotoativa.


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