Poluição Sonora: Pedreira é o pior bairro em Belém

Publicado em 11 de setembro de 2023

A poluição sonora é uma preocupação crescente para pesquisadores na área da saúde, principalmente nos ambientes urbanos de todo o mundo. Embora muitos de nós estejamos acostumados com os sons da vida cotidiana, a exposição constante a níveis elevados de ruído pode ter sérios impactos na saúde humana.

Operação conjunta combate poluição sonora em Belém

Em Belém, a quantidade de denúncias sobre o crime de poluição sonora é alarmante. De acordo com dados do Centro Integrado de Operações (Ciop), somente no primeiro trimestre de 2023 foram 19.993 ocorrências – o que equivale a mais de 222 denúncias por dia.

O bairro da Pedreira, em Belém, lidera os índices de queixas feitas ao 190 sobre poluição sonora e diferente do que se possa imaginar, essas denúncias não tem relação apenas com festas de aparelhagens. A poluição sonora é definida pela presença de qualquer ruído indesejado e perturbador seja ele um carro-som, ruídos dos maquinários da construção civil, motores de carro, aparelhos de som na casa de vizinhos, entre outros.

Operação Verão faz fiscalização em combate à poluição sonora

Aparentemente esses sons de volume alto podem ser apenas irritantes, mas também causam um grave prejuízo à saúde. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, qualquer som acima de 50 dB já é danoso, mas a partir de 75 dB os seres humanos já podem sofrer graves prejuízos, entre eles a perda de audição permanente.

A fonoaudióloga Izi Pardal trabalha em Belém na recuperação de pessoas afetadas pela poluição sonora. Em em entrevista ao DOL, ela contou mais detalhes sobre os danos causados pelos ruídos agressivos, que vão além dos problemas na audição.

“O ruído excessivo e constante pode provocar outros problemas na saúde humana, especialmente entre os mais jovens e mais idosos, como: agitação respiratória, aceleração da pulsação, aumento da pressão arterial, dor de cabeça e, no caso de barulhos extremos e constantes, gastrites, colites ou inclusive enfartes, estresse, fadiga, depressão, ansiedade ou histeria (tanto em seres humanos quanto em animais), irritabilidade e distúrbios do sono”.

 











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Infelizmente, a moradia em grandes centros urbanos pode acabar “obrigando” uma pessoa a ouvir constantemente a poluição sonora de diferentes agentes externos, sejam bares, casas de show ou o ruído de veículos no trânsito. Nesses casos, a fonoaudióloga explica que é preciso tomar medidas preventivas contra estes sons.

“A melhor forma de prevenir é usar protetores/abafadores auditivos e para quem mora perto, a atenção é com o isolamento acústico de casa. Além disso, precisamos lembrar que a perturbação do sossego pode e deve ser denunciada, pois assim a vigilância também se torna uma forma de prevenir o ruído em locais e horários impróprios”, destaca Izi Pardall.

Muitos prejuízos causados por longos períodos de poluição sonora são irreversíveis. No entanto, pacientes que diagnosticam o problema com profissionais da saúde podem ser tratados com medicamentos ou até uso de aparelhos auditivos. No surgimento de qualquer sintoma, o ideal é procurar um médico e alertar sobre as suspeitas, que podem ser desde um zumbido no ouvido até a necessidade de aumentar exageradamente  o volume de sons de aparelhos eletrônicos.

Vale lembrar que o Brasil possui uma lei dedicada para combater a poluição sonora, é a Lei do Silêncio: nº 4.092, de 30 de janeiro de 2008, que proíbe perturbar o sossego e o bem-estar público da população pela emissão de sons e ruídos por quaisquer fontes ou atividades que ultrapassem os níveis máximos de intensidade fixados.

Ao perceber qualquer infração desta lei, o cidadão prejudicado deve e pode denunciar o crime para a Polícia Militar pelo número 190.


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