Polícia prende um e desarticula universidade falsa no Pará

Written by on 22 de junho de 2024

O sonho universitário é terreno fértil para golpistas que se aproveitam de pessoas que buscam o ensino superio, mas têm dificuldades para conseguir informações. 

Um caso desses aconteceu no Pará. Um homem foi preso em Oeiras do Pará, no nordeste do Estado, na sexta-feira (21), por chefiar um esquema criminoso que criou polos universitários de educação à distância falsos que “formava” alunos desde 2017.

A quadrilha usava a logomarca da Universidade Paulista (UNIP), e o chefe da organização se apresentava como coordenador regional da instituição em comunidades de Oeiras do Pará e no Marajó, especialmente em Curralinho.

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A operação da Polícia Civil, nomeada de “Last Prom” (último baile), cumpriu cinco mandados de busca e apreensão em três cidades do Pará: Oeiras do Pará, Belém e Curralinho.

O chefe do esquema foi preso em flagrante com documentos falsos e por estelionato no momento da deflagração da operação. Ele fundou o primeiro polo na localidade Monte das Oliveiras, Rio Itaucu, em Oeiras do Pará. 

O grupo conseguiu centenas de alunos ao longo dos anos e, ao final, entregavam certificados falsos da faculdade. Os polos promoviam cursos de graduação e pós-graduação em diversas áreas, incluindo Pedagogia e História.

No total, eram ofertados cerca de 60 cursos de pós-graduação em diversas áreas. Vale ressaltar que as investigações apontam que há várias vítimas que estão exercendo as profissões de forma ilegal pela região do Marajó.

Delegado-geral, Walter Resende destacou: “é importante o reforço empregado pela PC do Pará para coibir e combater, bem como sempre alertar a população para esse tipo de golpe. Reforçamos o nosso compromisso e continuaremos na linha de frente em todas as regiões do Estado”, disse o titular da PC.

Foram descobertos cinco polos ilegais: polo Itaucu (Oeiras do Pará), polo Santino (Oeiras do Pará), polo Piriá (Curralinho), polo Canaticu (Curralinho) e polo Nova Jerusalém (Curralinho). Porém, devido ao fato dos criminosos escolherem regiões isoladas e de difícil acesso, não é descartada a hipótese de haver outras unidades fraudulentas. A operação foi realizada pela equipe de Oeiras do Pará e pela equipe da Superintendência do Baixo Tocantins – Abaetetuba.

Após um trabalho de vigilância, que se estendeu pela madrugada, foi realizada a abordagem pessoal do suspeito quando ele aportou na cidade de Curralinho.

Com ele foram encontrados certificados de conclusão de curso falsos, boletos em nome da UNIP, becas, canudos de formatura, computadores, entre outros itens.

Concomitantemente, a equipe de Abaetetuba cumpriu o mandado de busca e apreensão no endereço do suspeito em Belém, onde foram apreendidos mais computadores e outros documentos com a logomarca da UNIP. Em seguida, foram cumpridos os demais mandados em outros endereços.

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Ao tomar conhecimento de que estavam sendo vítimas de estelionato, diversos alunos que “se formariam”, com uma festa e um baile, se apresentaram para prestar depoimento. “As investigações apontam para um número de vítimas superior a mil, e que boa parte dessas pessoas estejam com diplomas falsos trabalhando e exercendo a profissão. Segundo as investigações, os custos do curso, do baile da formatura, da formatura e da confecção dos diplomas falsos às vítimas saía por cerca de 12 mil reais, em média, causando um prejuízo total de R$ 12 milhões”, contou o delegado Mohab Khayan Lima.

Foi lavrado o auto de prisão em flagrante do mandante do esquema criminoso, que será encaminhado ao presídio para ficar à disposição da Justiça.


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