Perda auditiva na infância prejudica desenvolvimento

Written by on 11 de março de 2025

A saúde auditiva desempenha um papel fundamental no bem-estar das crianças. Cuidar da audição desde os primeiros anos de vida é vital não apenas para o desenvolvimento adequado da fala e da linguagem, mas também para o desempenho na escola e as interações sociais. A fonoaudióloga Izi Pardal explica a relevância da saúde auditiva entre os pequenos, os perigos do dia a dia que podem afetar a audição e os sinais de alerta que podem caracterizar a perda auditiva.

A especialista revela que a saúde auditiva durante a infância é crucial para o desenvolvimento adequado da criança. “A aquisição da fala acontece por meio da audição; portanto, tanto os atrasos na fala quanto as trocas de fonemas podem ser, em grande parte, atribuídos à perda auditiva. Isso, por sua vez, leva a alterações e dificuldades na escrita. É uma cadeia de problemas ocasionados pela perda auditiva. Vale destacar que até mesmo perdas auditivas leves, que frequentemente passam despercebidas no cotidiano, podem ter impactos negativos no desenvolvimento da comunicação. Assim, mesmo aparentando que a criança escuta bem, a única forma de ter certeza é por meio de um exame”, afirma. Izi Pardal, recomenda que, para promover o desenvolvimento da criança, os pais se comuniquem com ela, observem se ela responde aos sons e monitore seu progresso em relação à linguagem.

“As crianças não têm necessidade, nem deveriam utilizar fones de ouvido. Seus condutos auditivos são pequenos, e nenhum modelo intra-aural se adapta corretamente a eles. Isso pode resultar em dor, desconforto e um risco elevado de inflamações e infecções, uma vez que esses fones podem transportar bactérias e vírus. Ademais, é importante ressaltar que volumes elevados podem provocar danos acústicos significativos, resultando em perda auditiva”, explica. A fonoaudióloga esclarece que crianças muito pequenas podem ter dificuldades em reconhecer que não estão ouvindo bem, mas apresentam alguns indícios, como: aumentar o volume da TV ou tablets, necessidade de repetição do que foi dito, mexer frequentemente nas orelhas, demonstrar mais irritação e inquietação, não responder ao chamá-las pelo nome e falar em voz alta. Por outro lado, ela menciona que crianças maiores conseguem identificar esses problemas com mais facilidade, mas ainda assim manifestam sinais como: dificuldades de aprendizado na escola, hiperatividade e/ou desatenção, além de aumentarem o volume de áudios e precisarem que o que foi dito seja repetido.

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PARA ENTENDER

Tratamento urgente

  •  A fonoaudióloga Izi Pardal ressalta que, assim que a deficiência auditiva é identificada na escola, é fundamental que seja tratada com urgência. “Alunos que se isolam, ficam mais quietos e não participam das aulas podem estar lidando com dificuldades de comunicação. Os professores devem estar atentos, pois isso nem sempre está relacionado à timidez ou ao perfil da criança. Crianças que têm problemas de aprendizado e retenção de informações, aquelas que parecem desinteressadas, agitadas e se distraem com facilidade, também podem estar enfrentando questões auditivas”, ela comenta.
  •  Além disso, ela recomenda que, antes do início do ano letivo após as férias, seja levada a criança a um fonoaudiólogo para a realização de um check-up auditivo. “É fundamental que a saúde auditiva das crianças seja protegida e monitorada pelos pais ou responsáveis. É essencial manter as consultas médicas em dia e garantir que as vacinas estejam em dia, além de estar alerta a quaisquer mudanças na audição. Caso note algo fora do comum, é importante buscar a orientação de um especialista. Vale destacar que um diagnóstico precoce pode ser crucial para o êxito no tratamento de problemas auditivos”, finaliza.

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