Pelé também jogou nos quadrinhos de Mauricio de Sousa
Written by on 29 de dezembro de 2022
Pelé, o maior jogador de futebol de todos os tempos, que morreu nesta quinta (29), não viveu aventuras só nos campos -ele também teve uma existência brilhante nas páginas dos quadrinhos da Turma da Mônica, de Mauricio de Sousa.
Foi em 1976 que nasceu o personagem Pelezinho, um menino que representava o rei quando criança, calçando chuteirinhas e vestindo camisa e shorts. Suas primeiras aparições foram em tirinhas de jornais. Logo no ano seguinte, em 1977 (45 anos atrás), Pelezinho ganhou sua própria revistinha.
A “Turma do Pelezinho” foi publicada até dezembro de 1986, e teve 66 números lançados -os inéditos foram apenas até 1982, mas nos quatro anos seguintes a Editora Abril, responsável pelas revistinhas, seguiu oferecendo republicações das melhores histórias.
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Nas páginas, entre os amigos do menino jogador de futebol estavam Cana Braba, que falava palavrões e tinha pouca paciência, o goleiro Frangão, a descendente de turcos Samira, que fazia quibes que ninguém gostava, e até Zagallo, uma homenagem ao famoso técnico.
Nesta quinta (29), ao saber da morte do rei, Mauricio de Sousa disse: “Pelé, nosso Pelé! Toda vez que uma criança brincar com uma bola nos lembraremos dele. O amigo, o grande atleta, a personalidade brasileira que amamos está vivo em nossos corações”.
Na época do lançamento, ele e Pelé deram entrevistas juntos. Nelas, eles contaram que todos os integrantes da Turma do Pelezinho tinham sido inspirados em conhecidos do jogador na vida real.
Eles também disseram que, quando surgiu a ideia de dar vida a Pelé nos quadrinhos, criou-se um impasse: Mauricio queria um personagem criança, enquanto o jogador desejava um personagem adulto. Os filhos do rei, Edson e Kelly, foram escolhidos para o desempate, e o resultado todo mundo já conhece.
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Em 2017, a rede de notícias esportivas ESPN entrevistou Mauricio e Pelé sobre os 40 anos do nascimento de Pelezinho. “Eu agradeço ao Mauricio por ter me convencido a fazer esse projeto do Pelezinho com ele. Porque isso fez com que eu tivesse um contato direto com as crianças e as novas gerações”, disse o jogador à época.