“Paulo Para Sempre Ruy” celebra mestres da música paraense

Written by on 16 de maio de 2024

Ruy Barata e Paulo André, compositores que fizeram história na música do Pará, conquistaram o Brasil – especialmente na voz de Fafá de Belém, a partir dos anos 70 – e se eternizaram na memória afetiva do público. Eles são, respectivamente, pai e filho. Ruy faleceu em 1990 – há 34 anos -, deixando uma importante obra poética e musical. Paulo morreu em 25 de setembro do ano passado, dia do seu aniversário, deixando um legado de melodias populares e sofisticadas.

Uma retrospectiva do trabalho da dupla será mostrada no espetáculo “Paulo Para Sempre Ruy”, com artistas de várias gerações acompanhados por uma grande orquestra que inclui naipes de cordas, de sopros e percussivo, numa produção cuidadosa e grandiosa. O espetáculo será no Theatro da Paz, com apresentações nos dias 27, 28 e 29, sempre às 20h. Os ingressos já estão à venda no site Ticket Fácil e nas bilheterias do teatro.

As criações de Paulo André e Ruy Barata serão interpretadas por grandes nomes da música paraense, que irão se revezar no palco, como Jane Duboc, Andréa Pinheiro, Vital Lima, Marhco Monteiro, Eloy Iglesias, Trio Warilou (Joba, Suelene e Nicinha), Olivar Barreto, Pedrinho Callado, Juliana Sinimbú e Pinduca.

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A direção musical é dos músicos e arranjadores Jacinto Kahwage, Luiz Pardal e Ziza Padilha, com direção geral do jornalista e produtor musical Tito Barata – filho de Ruy e irmão de Paulo André.

Após o espetáculo comemorativo do Centenário de Ruy Barata, realizado em 2022, que foi sucesso de público e de crítica, as canções imbuídas da essência cultural e paisagística amazônica, assinadas pela dupla, voltarão aos palcos em um show revisto e ampliado, numa homenagem memorável.

Repertório surpreendente e emocionante



Em “Paulo Para Sempre Ruy”, a plateia será transportada ao contexto de criação de cada canção apresentada, com narrativas breves em interação com o telão cenográfico que vai complementar a vivência, proporcionando ao público uma compreensão profunda do precioso repertório de Paulo André e Ruy Barata.

O tributo vai trazer sucessos consagrados, como “Pauapixuna”, “Foi Assim”, “Indauê Tupã” e “Este Rio é Minha Rua”, mas também vai surpreender com joias raras, como “Cuba Libre”, parceria de Paulo André e Ruy com Alfredo Oliveira, uma faixa de suingue e latinidade que confirma a versatilidade e genialidade dos artistas.

“Esse show terá a história musical com início, meio e fim, mostrando o resumo da trajetória da dupla. Tivemos um processo de criação apurado, com pesquisa sobre a história por trás de cada canção. E aí reunimos intérpretes e arranjadores que têm a ver com o trabalho de Paulo André e Ruy e vamos mostrar tudo isso com arranjos vibrantes, em uma versão pensada especialmente para o Theatro da Paz, esse templo reverenciado pela classe artística nacional e internacional”, conta Tito Barata.

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A realização é da Universidade Federal do Pará (UFPA), Pró-Reitoria de Extensão (PROEX) e Fundação de Amparo e Desenvolvimento da Pesquisa (FADESP). Com apoio do Governo do Pará, Secretaria de Estado de Cultura (Secult) e Fundação Cultural do Pará (FCP)

Mestres da música

O poeta Ruy Guilherme Paranatinga Barata, autor de “Nativo de Câncer” e “Anjo dos Abismos e Outras Linhas”, também foi político, advogado e professor. Em 1964 passou a compor junto com o filho Paulo André Barata. O rico processo de produção das músicas poéticas de melodia envolvente teve início em 1964, quando Paulo André estava com 18 anos, e se encerrou com o falecimento do pai, em 23 de abril de 1990.

Os clássicos de Paulo André e Ruy Barata atravessaram o tempo e transcenderam gerações. Eles continuaram sendo reproduzidos e gravados por vários artistas ao longo da história, conquistando corações Brasil afora.

Mesmo após o falecimento do pai, Paulo André, que também cantava, continuou compondo com outros parceiros. “O Paulo André continuou produzindo, mas com menos intensidade, e escolheu o Paulo César Pinheiro (viúvo de Clara Nunes) como seu novo parceiro. Eles fizeram um trabalho magistral. Paulo André também fez algumas coisas com João de Jesus Paes Loureiro e Alfredo Oliveira”, recorda Tito.

Paulo André faleceu em 25 de setembro de 2023, aos 77 anos. “O Paulo até um mês antes de morrer, ainda treinava ao violão, diariamente. Ele tinha um piano e um violão à disposição, estava compondo. Tem coisas inéditas dele, que vamos mostrar mais adiante.

“Paulo Para Sempre Ruy” será a primeira homenagem à memória desses grandes mestres da música paraense após a partida de Paulo André. Será mais do que um simples show, mas uma celebração ao poder transformador da música na preservação e divulgação das riquezas amazônicas.

Serviço:

Espetáculo “Paulo Para Sempre Ruy”DIAS: 27, 28 e 29 de junho de 2024HORA: 20H00LOCAL: Theatro da PazINGRESSOS já à venda no site ticketfacil.com.br e na bilheteria do teatro


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