Pastor André Valadão nega acusações de travesti

Publicado em 7 de julho de 2023

Falas homofóbicas do
Pastor André Valadão tem repercutido diariamente após a incitação de crime
contra LGBTs+, em um discurso feito nos Estados Unidos.

André Valadão se pronunciou
nesta sexta-feira (7) em relação às declarações feitas por Talita Oliveira.
Segundo Talita, uma mulher travesti, o pastor a teria contratado duas vezes
para serviços sexuais há cerca de 10 anos, além de pedir discrição sobre o
suposto caso e fornecer detalhes sobre o envolvimento sexual que teve com o
religioso.

+ Travesti diz ter feito sexo duas vezes com André Valadão

+ MPF investigará o pastor André Valadão por homotransfobia

Em um comunicado enviado a um site, a
equipe de Valadão afirmou que “as afirmações são completamente
falsas” e “visam apenas ganhar visibilidade na mídia, revelando uma
clara e covarde tentativa de difamar e manchar a reputação de alguém”.

A nota ainda declarou que serão tomadas
as medidas legais cabíveis para o caso “para proteger a reputação do
pastor André Valadão e buscar uma restituição justa e necessária diante dessas
alegações vergonhosas e difamatórias”.

LEIA A NOTA COMPLETA

“As afirmações são completamente
falsas, visando apenas ganhar visibilidade na mídia e revelando uma clara e
covarde tentativa de difamar e manchar a reputação de alguém. Diante desse
comportamento criminoso infame de calúnia e difamação, todas as medidas legais
apropriadas serão tomadas para proteger a reputação do pastor André Valadão e
buscar uma restituição justa e necessária diante dessas alegações vergonhosas e
difamatórias.

O pastor enfatiza que nunca incitou
seus seguidores a cometerem crimes de ódio e jamais utilizou a expressão ‘e
Deus deixou o trabalho sujo para nós’, uma mentira repetida em publicações,
postagens e manifestações públicas, que serão contestadas na justiça. André
Valadão apenas ofereceu uma interpretação bíblica da homossexualidade com base
na liberdade religiosa. Em sua missão, ele sempre acolheu pessoas de todas as
orientações, respeitando os ensinamentos de Jesus Cristo.”

ACUSAÇÕES

O pastor André Valadão voltou a causar
polêmica após fazer mais um discurso de ódio contra a comunidade LGBT+. Agora,
Talita Olivier, mais conhecida como Talita Oliveira, afirmou ter tido relações
sexuais com o líder religioso, que é casado com Cassiane Valadão e pai de três
filhos, Lorenzo, Vitório e Angel.

Segundo Talita, uma mulher travesti, o
pastor a teria contratado duas vezes para serviços sexuais há cerca de 10 anos.
Ela afirma estar expondo a situação agora porque deseja “desmascarar”
Valadão.

Em entrevista à IstoÉ Gente, Talita
disse: “Não me lembro exatamente do dia [do meu primeiro contato com o
pastor], acho que foi há uns 10 ou 12 anos. A primeira vez ele me pegou em uma
rua na Avenida Indianápolis, em São Paulo, não muito longe do banco do
Bradesco. A segunda vez foi em Porto Alegre. Ele cantava em um grupo gospel na
época.”

Segundo ela, Valadão teria pedido para
que ela usasse seu boné e camisa, pois “ele sente atração por homens, não
por mulheres”. Ela também contou detalhes sobre o suposto envolvimento
sexual com o pastor:

“Eu sempre uso preservativo com
todos os meus clientes, mas ele fez sexo oral em mim sem camisinha.”

“Não tenho medo de ser processada
por ele. Ele contratou os meus serviços e deseja minha morte e a morte da minha
comunidade. Eu nunca tive vontade de expor isso antes porque minha vida está em
risco. Quero desmascará-lo”, concluiu.

Nas redes sociais, Talita comentou
sobre o assunto: “Você pagou pelos meus serviços anos atrás em São Paulo e
Porto Alegre. Lembra, André Valadão? Que você foi passivo comigo”,
disparou.

DECLARAÇÕES LGBTFÓBICAS DE ANDRÉ VALADÃO

André Valadão está sendo investigado
pelo Ministério Público Federal por homofobia e pode enfrentar graves
consequências legais. Ele pode ser condenado a cinco anos de prisão pelo crime
e também pode ser extraditado.

Durante uma pregação, o pastor afirmou:
“Agora é hora de retomar as rédeas e dizer: chega, reiniciar! Mas Deus diz
que não pode mais. Ele diz: ‘já coloquei esse arco-íris aqui. Se eu pudesse,
matava tudo e começava de novo. Mas prometi que não posso’, agora depende de
vocês.”

O Ministério Público Federal (MPF)
instaurou um procedimento na segunda-feira (3/7) para investigar a possível
prática de homofobia pelo líder religioso durante a transmissão de um culto no
YouTube.

O procedimento foi iniciado pelo
procurador regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) no Acre, Lucas Costa Almeida
Dias. Na terça-feira (4/7), o ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou que o
pastor responderá legalmente por “espalhar ódio contra as pessoas”.


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