Pará: iniciativa identifica 140 espécies da fauna amazônica
Written by Redação on 5 de junho de 2025
Uma iniciativa de monitoramento ambiental no nordeste paraense tem chamado a atenção pela riqueza de dados obtidos em pouco tempo. Em apenas um ano, a Campanha de Avistamentos da Fauna, promovida pela Artemyn no município de Ipixuna do Pará, já catalogou mais de 140 espécies de animais silvestres.
A ação, criada em 2024, tem como objetivo contribuir para a identificação da fauna local, além de monitorar aspectos como desenvolvimento, reprodução, migração e possíveis desaparecimentos. A campanha reforça o compromisso da empresa com a preservação do bioma amazônico, um dos mais ricos e diversos do planeta.
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o bioma amazônico ocupa uma área de 4.212.472 km² e abriga a maior parte das aproximadamente 120 mil espécies animais encontradas no Brasil. De acordo com o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA), cerca de 180 dessas espécies estão classificadas em alguma categoria de ameaça de extinção.
Dinâmica
Um dos diferenciais da campanha é o envolvimento direto dos colaboradores da unidade de extração de caulim da Artemyn em Ipixuna. Por meio de um grupo de WhatsApp, os funcionários enviam registros fotográficos e vídeos dos animais, sempre acompanhados de dados de localização. As informações são utilizadas para a construção de um mapeamento detalhado, que permite identificar áreas de maior ocorrência e padrões de comportamento das espécies.
“Quando soube da campanha do pessoal do meio ambiente, fiquei animado, mas receoso quanto à adesão dos colegas. Com o tempo, os registros começaram a chegar e a empolgação tomou conta. É gratificante reconhecer a grandeza da nossa biodiversidade aqui na mina”, relata Edilson Sousa, topógrafo da empresa e um dos colaboradores na iniciativa.
Em números
Desde a criação da campanha, em 2024, os dados coletados revelam uma rica diversidade faunística. Mamíferos lideram os registros, representando 36,4% do total, com destaque para roedores e felinos. Em seguida, aparecem as aves, com 35,1% dos avistamentos, incluindo garças, aves de rapina e pássaros de pequeno porte.
Os répteis ocupam a terceira posição, com 24% dos registros, abrangendo espécies como cobras e lagartos. Já os anfíbios, como os sapos, representam 4,5% dos avistamentos, o que reforça a predominância de vertebrados na região.
A biodiversidade, no entanto, vai além desses grupos. Também foram feitos registros importantes de aracnídeos e insetos, o que evidencia a complexidade da teia alimentar local e a importância de todos os níveis tróficos na manutenção do equilíbrio ecológico.
A médica veterinária da Artemyn e responsável pelo programa de avistamento, Sandy Matos, explica o que motivou a iniciativa.
“Os colaboradores, durante a execução de suas atividades, sempre mencionavam avistamentos de animais silvestres, e isso acendeu um alerta para a gente”.
Ela completa ainda dizendo que “essas ações de biodiversidade reforçam o compromisso da empresa com a sustentabilidade de suas atividades, endossando o respeito ao meio ambiente dentro de suas operações”.
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