Pará é o 3º estado que mais apreende cocaína no Brasil
Written by on 18 de março de 2024
Segundo o Relatório Mundial sobre Drogas 2022, do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), cerca de 284 milhões de pessoas entre 15 e 64 anos usaram drogas só em 2020. No Brasil, de acordo com dados do Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS), registrou só em 2021, cerca de 400,3 mil atendimentos a pessoas com transtornos mentais e comportamentais devido ao uso de drogas e álcool. A maioria desses pacientes era do sexo masculino com idade de 25 a 29 anos.
O Pará supera a média nacional e alcança o terceiro maior crescimento percentual em apreensão de cocaína entre os estados da Federação, ao registrar 124,37% de aumento em 2023, segundo dados divulgados na primeira publicação do Mapa da Segurança Pública do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP). Os números são referentes a 2023, em comparação a 2022.
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De acordo com os dados divulgados, entre os anos de 2020 e 2023 as apreensões de cocaína tiveram aumento significativo no Brasil, com 11,39% em 2023, totalizando 143.316 quilos apreendidos nos estados – o maior quantitativo dos últimos quatro anos.
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Investimentos
De acordo com Ualame Machado, titular da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), o Governo do Pará segue investindo em estratégias para inibir e coibir práticas criminosas, dentre as quais o tráfico de drogas, visando atingir as rotas utilizadas pelo tráfico,. Um dos investimentos foi a implantação da Base Fluvial Integrada Antônio Lemos, no município de Breves (Arquipélago do Marajó), que contribui para o aumento das apreensões de drogas e desarticulação de grupos criminosos.
“Os bons resultados divulgados por instituições nacionais, e agora no Mapa do Ministério da Justiça, demonstram as ações e investimentos assertivos que temos realizado. Como a nossa principal rota de tráfico de drogas é fluvial, montamos desde o início da gestão uma estratégia pontual com a criação de Bases Fluviais, além da aquisição e incremento de novas embarcações, visto que a área fluvial do Estado é muito extensa. A Segup tem hoje mais de 80 embarcações. Dentre essas, três embarcações blindadas, as quais não possuíamos em anos atrás. Implementamos ainda a primeira Base Fluvial do Estado, ‘Antônio Lemos’, instalada no estreito de Breves, em pleno funcionamento, realizando periodicamente várias apreensões, pois está localizada em uma das principais rotas de embarcações que chegam até o Estado vindas do Amazonas e Amapá”, explicou Ualame Machado.
Em relação à apreensão de maconha, o Pará também registrou aumento significativo, chegando a 200,20%, sendo o segundo da região Norte no crescimento percentual de apreensão desse tipo de entorpecente. Em 2022, o Estado apreendeu 1.964 kg de maconha, enquanto em 2023 esse número saltou para 5.895 kg.
Monitoramento de rotas – Os principais pontos de passagem de drogas no Pará são mapeados e analisados diariamente pela Segup, por meio da Secretaria Adjunta de Inteligência e Análise Criminal (Siac), em conjunto com as polícias Civil e Militar, que atuam nas grandes apreensões e desarticulação de grupos criminosos.
“Nesses pontos estratégicos, previamente mapeados pelas nossas agências de Inteligência, é que nossa força de segurança atua e onde conseguimos realizar as grandes apreensões. As grandes apreensões de drogas no Pará são supervisionadas, tanto no aeroporto de Barcarena, em Vila do Conde, e quando a droga consegue passar sem ser percebida. Monitoramos seu trajeto no estreito de Breves, onde a nossa Base Flutuante já apreendeu, somente em 2023, mais de 3 toneladas. Essa região é um dos principais corredores vindos do Rio Amazonas. Desta forma, estamos sempre bem posicionados e trabalhando em estratégias constantes para coibir e inibir o tráfico no Pará”, informou o titular da Segup.
Marco
O Mapa da Segurança Pública 2024 (ano base 2023) é um relatório analítico,
que reúne indicadores criminais e dados estatísticos dos estados da Federação. Segundo o Ministério da Justiça e Segurança Pública, a publicação é um marco importante, pois inaugura a divulgação de informações com recorte anual sobre os dados nacionais de Segurança Pública, desde que tiveram o número de indicadores ampliados e a coleta informatizada.
A coleta de dados passou a ser feita nas unidades federativas, por meio do Sinesp Validador de Dados Estatísticos, o que auxilia na divulgação das informações estatísticas e na melhoria das ações estratégicas.