Pai de Oruam, Marcinho VP lançará 4º livro no presídio
Written by Redação on 19 de junho de 2025
O detento Marcinho VP, preso desde 1996, lançará em breve seu quarto livro, intitulado A Cor da Lei. A publicação acompanha a trajetória de um jovem que busca se distanciar de um histórico familiar marcado por conflitos com a lei e tenta construir uma nova identidade social. Toda a renda obtida com a venda da obra será doada ao Fundo Municipal para a Infância e Adolescência do Rio de Janeiro (FIA-RJ).
A destinação dos recursos foi confirmada pela assessoria do autor e será administrada pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente do Rio de Janeiro (CMDCA-RJ). O objetivo é apoiar iniciativas voltadas a crianças em situação de vulnerabilidade, com atenção especial àquelas com deficiência.
Conteúdo relacionado:
- Oruam sobe em ônibus e causa tumulto em frente ao presídio
- Oruam nega fazer parte do Comando Vermelho
- Osklen retira publicação com Oruam após críticas nas redes sociais
A decisão de Marcinho VP recebeu apoio público de seu filho, o rapper Oruam, que declarou orgulho da escolha do pai. Em entrevista ao portal Metrópoles, o artista destacou os desafios enfrentados por pessoas negras no processo de reintegração à sociedade. “A lei tem cor sim, e é preta. O racismo é perseguidor. Sou artista, estou no topo das paradas e vivo sendo perseguido pela polícia. No fim, nunca acham nada de errado comigo”, afirmou.
Quer mais notícias dos famosos? acesse o nosso canal no WhatsApp
Oruam também comentou a resistência enfrentada por pessoas egressas do sistema prisional que tentam recomeçar: “Meu pai virou autor de vários livros, entrou na Bienal, mas ninguém olha pra ele com bons olhos. Como as pessoas querem que presidiários mudem de vida com tanta rejeição?”, questionou.
Por meio de sua equipe, Marcinho VP afirmou que espera que o livro gere reflexões sobre o funcionamento da justiça no Brasil e tenha efeitos práticos na vida de crianças que enfrentam dificuldades. “Quero que este livro não só provoque reflexões sobre o sistema de justiça, mas que também gere impacto real na vida de crianças que mais precisam de cuidado e atenção”, declarou.