Obra do Jornalista Francisco Sidou será lançada dia (10)

Publicado em 8 de março de 2023

A Academia Paraense de Jornalismo lança na próxima sexta-feira (10) a partir das 16h, no Museu Palacete Francisco Bolonha, em Belém, a mais nova obra do jornalista Francisco Sidou, intitulada “Meros Toques de um jornalista cidadão”, pela editora Paka-Tatu. 

O livro tem prefácio do juiz Ernane Malato, que é Cônsul da República Tcheca no Pará, membro da Academia Paraense de Letras e da Academia Paraense de Jornalismo. 

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Sidou atuou em várias frentes do jornalismo e também foi moldado pelas lides sindicais, o que acentuou seu tom polêmico. Concursado no Banco da Amazônia, exerceu Assessoria de Comunicação no Basa, na Casf e na Seidurb, do Governo do Estado. Também trabalhou na redação da Rádio Clube do Pará, a icônica PRC-5.

Foi, ainda, repórter e redator correspondente da Agência de Notícias Asapress. Nessa época, sua postura combativa e sarcástica quase resultou em prisão. Em plena ditadura militar, foi representar a Asapress no programa “Mesa Redonda”, conduzido pelo próprio dono da TV Guajará, Lopo de Castro, político importante, deputado federal e prefeito de Belém. Era o mais jovem da bancada, em meio a “feras” da imprensa parauara. O entrevistado era um general da reserva do Exército, superintendente da Sudam. Sidou acessara dados econômicos sobre os projetos e constatara que 60% de todos os recursos haviam sido destinados a empresas de refrigerantes no Amazonas. Então formulou a primeira pergunta, que também foi a última da entrevista: “General, pelo visto a Sudam está financiando uma indústria de água com açúcar na região e não promovendo indústrias de base e fomento. O que acha disso?”. O general deu um murro que quebrou a mesa do dono da emissora e o programa foi tirado do ar. Sidou perdeu o emprego na Asapress, ganhou ficha de comunista no SNI e ficou dez anos sem exercer função comissionada.

Em 1984 publicou em O Liberal artigo virulento contra o Detran-PA, que obrigava a aquisição de adesivo no licenciamento anual dos veículos. Não comprou nem usou e aguardou ser multado. Então ajuizou Ação Popular e ganhou a causa. Logo sua foto saiu em todos os noticiosos de Belém e até no Jornal Hoje da Globo. Virou celebridade. Recebeu convites de partidos políticos que queriam lançá-lo candidato a vereador, todos recusados. Mas uma noite atiraram no carro de Sidou na garagem de sua casa, ameaçando o próximo tiro no trânsito. A família mudou para novo endereço, em apartamento. Sidou passou a usar ônibus e a pegar carona à noite quando voltava da UFPA.

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Um dos fundadores da Academia Paraense de Jornalismo e membro do Conselho da Cidadania de Belém, hoje, aos 77 anos, Sidou está mais leve, usa a mídia digital e guarda a ironia afiada para os fervorosos debates futebolísticos e artigos e crônicas publicados nas redes sociais.


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