Moradores da Ilha do Combu organizam protesto contra acidentes nas águas

Written by on 12 de abril de 2025

Acidentes envolvendo embarcações sejam de pequeno, médio e grande porte não são incomuns nos rios da Amazônia. Áreas com grande circulação de pessoas, lanchas, motos aquáticas, canoas e rabetas obrigam atenção redobradas, já que naufrágios e atropelamentos podem ser fatais.

Na manhã deste domingo (13), moradores das ilhas do Cumbu e Marutucuna, em Belém, realizarão uma manifestação pacífica, a partir das 10h da manhã. O protesto acontecerá no trajeto entre o furo do Paciência e a Prainha e tem como objetivo chamar a atenção das autoridades e da imprensa para os constantes acidentes e abusos cometidos por condutores de lanchas motos aquáticas, que circulam em alta velocidade na área.

De acordo com os moradores, a situação se agravou nos últimos meses.

“Eles vêm com velocidade, batendo a embarcação da gente na beira. Nós queremos ter um acesso, porque tem igreja, nós moramos na frente da ilha. Nós queremos passar e não conseguimos, porque é muita lancha, é muito jets-ki”, relatou um dos organizadores.

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O estopim para o protesto foi um acidente envolvendo um jet-ski, ocorrido no último domingo (6), por volta das 17h30. Um morador da ilha foi atingido pela embarcação ocupada por duas mulheres, que não teriam prestado socorro, deixando-o ferido.

Após o acidente, a Marinha do Brasil esteve no local realizando ações de fiscalização, mas segundo relatos, a presença foi pontual e já não há mais monitoramento constante na região.

“A Marinha estava lá na segunda-feira. Estava parando jet-ski, lancha, mas já foram embora”, relatou outro morador da ilha.

Além dos perigos causados pelas embarcações em alta velocidade, a comunidade também denuncia a presença frequente de tiroteios na área da Prainha e durante os trajetos fluviais. “É muito tiro que tem. De noite, prejudica a nós que somos moradores, que quer navegar à noite e não consegue”, lamenta.

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A manifestação pretende reunir moradores das ilhas e da região ribeirinha para exigir mais fiscalização, sinalização náutica e respeito aos limites de velocidade por parte dos condutores de embarcações de passeio. O ato será pacífico e visa preservar a vida e o direito de ir e vir da população local.

As comunidades pedem atenção urgente das autoridades competentes, como a Marinha, Capitania dos Portos e órgãos de segurança pública, para que medidas concretas sejam tomadas antes que novas tragédias ocorram.


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