Ministros querem criação de pavilhão das cidades para debater mudanças climáticas
Written by Redação on 15 de março de 2025
Os debates durante a COP30 devem incluir os impactos causados pelas mudanças climáticas nas pessoas que vivem nas cidades. Esse tema foi abordado em reunião entre os ministros das Cidades, Jader Filho, e da Integração e Desenvolvimento Regional Waldez Goés. As duas pastas defendem uma participação conjunta durante o evento e a criação de um pavilhão das cidades, onde serão concentradas as discussões sobre o tema.
A ideia é ampliar e dar visibilidade às discussões já iniciadas nos fóruns internacionais, como o G20, Fórum Urbano Mundial e BRICS, com destaque para a presença de um pavilhão das cidades, onde serão apresentadas boas práticas e soluções para os desafios urbanos relacionados à mudança do clima.
A agenda conjunta, preparada pelas equipes dos dois ministérios, incluiu a proposta de criação do pavilhão e a Iniciativa CHAMP (Coalizão para Parcerias Multiníveis de Alta Ambição), endossada na COP28 por 62 países. Outra sugestão é a realização do Dia da Água, dedicado aos temas de recursos hídricos e saneamento e ao federalismo climático.
Jader Filho ressaltou a importância de incluir as questões das cidades na agenda da COP30, abordando os desafios urbanos como a prevenção a desastres, saneamento e a adaptação das cidades às novas realidades climáticas. “Não podemos discutir apenas as florestas, é fundamental também falar sobre o aspecto humano: as pessoas que vivem nas cidades e como elas enfrentam os impactos das mudanças climáticas”, afirmou.
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“Não vamos deixar de falar do meio ambiente, em que o Brasil tem tido um ótimo desempenho com a redução do desmatamento na Amazônia, por exemplo. Mas precisamos tratar do tema urbano, do financiamento e de recursos para as nossas cidades”, defende.
PROPOSTA
Waldez Góes defendeu a proposta conjunta e destacou a importância da agenda da água e da segurança hídrica. “Essa deve ser a nossa voz na Amazônia – o foco nas pessoas que acabam sendo afetadas pelas mudanças climáticas”, disse. “Sua fala reforça nossa coerência com o que nossa liderança no G20 já pontuou”, disse o ministro, referindo-se ao Grupo de Trabalho de Redução do Risco de Desastres. “Já foram destacados vários pontos importantes, como financiamento, redução das desigualdades e segurança hídrica, por exemplo”. Ele também assinalou a importância da participação do setor privado e dos governos estaduais e municipais nas ações de prevenção.
Novo PAC
Jader Filho lembrou que, somente para a modalidade de prevenção a desastres no Novo PAC, que reúne drenagem e contenção de encostas, foram destinados R$ 17 bilhões nas seleções do ano passado e mais R$ 3,5 bilhões neste ano, somando R$ 20,5 bilhões. Em comparação, ao assumir a pasta em 2023, o orçamento encontrado para a prevenção era de apenas R$ 27 milhões. “O volume de recursos aplicados nesses dois anos mostra o compromisso do governo do presidente Lula com o tema da prevenção de desastres”, reforçou.