Marcela relata suspeitas de abusos sexuais em abrigos no RS

Publicado em 9 de maio de 2024

A médica e ex-bbb Marcela Mc Gowan, que está trabalhando voluntariamente em abrigos de Canoas, no Rio Grande do Sul, fez um apelo no Instagram na última quarta-feira (8). A médica, que está em contato direto com as vítimas das enchentes, narrou ter recebido relatos de “situações delicadas” envolvendo mulheres e crianças e pediu: “Quem souber de algo: faça uma denúncia”. Em seguida, reforçou o alerta do Instituto Survivor e Me Too Brasil sobre casos de “abusos sexuais”.

Em uma sequência de Stories, a médica mostrou que passou o dia em atendimento nos lugares que estão servindo de refúgio aos gaúchos resgatados na tragédia. “Tem muita gente incrível envolvida e dando tudo só para salvar o máximo de pessoas. São muitas histórias, perdas e pessoas”, lamentou.

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Marcela, que é ginecologista obstetra, examinou grávidas em seu expediente como voluntária. “Temos entre as pacientes, gestantes e muitas mães com crianças pequenas. Quem puder mandar também roupinha de bebê, fralda, mamadeira: a maioria delas perdeu tudo”, avisou.

Na ocasião, a loira voltou às redes para falar sobre os relatos que recebeu desde a última terça-feira (8), quando iniciou auxílio médico em Canoas. “Queria falar com vocês sobre uma situação bem delicada. A gente sabe que estamos vivendo um momento de emergência e que muitas atitudes precisam ser tomadas ali de última hora. As coisas também vão aparecendo e precisamos olhar para elas depois. Desde ontem, recebi muitas pessoas pedindo ajuda para algumas situações delicadas que podem estar acontecendo com mulheres e crianças dentro dos abrigos”, disse.

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“Já pedi ajuda para várias pessoas que podem olhar para isso, tomar atitudes e pensar no que podemos fazer para resolver essa situação. Mas de antemão, para que tudo isso possa acontecer, precisamos saber o que está acontecendo. Precisamos de denúncias. Se você está sabendo de alguma coisa nesse sentido ou se você é voluntário e viu alguma coisa, denuncie. Para podermos prosseguir com investigação e tomada de medidas. O Me Too Brasil e o Instituto Survivor criaram um canal de denúncias pensando nisso”, alertou ela, que também compartilhou o contato das organizações. “Sei que muitas pessoas estão sem celular. Mas quem ficar de algo, denuncie.” Finalizou a médica.

Uma mulher que se encontra no abrigo Ulbra de Canoas, denunciou uma situação que viveu com a família no local e pede ajuda das autoridades: “Eu vim aqui para pedir uma ajuda de emergência, a gente tá precisando aqui no prédio 55B da Ulbra quadra 3, aconteceu na noite passada, eu estava com meus filhos dormindo e minha família toda dormindo ali, e tinha um sênior se masturbando, atrás da minha família, olhando pra gente e se masturbando”, disse.

Durante o relato, a mulher pediu que homens solteiros sejam separados de famílias e crianças: “A gente precisa que separem famílias com crianças, entre homens solteiros, tirem eles dos pavilhões que tem famílias e crianças! Precisa ser urgente isso, o que vocês estão esperando para tomar uma atitude!?”. Finalizou.

Os movimentos contra assédio e abuso sexual falaram por meio de nota sobre a situação relatada por mulheres da região.

Leia a íntegra:

“O Instituto Survivor e o Me Too Brasil tomaram conhecimento de dezenas de denúncias de abusos sexuais de crianças e mulheres que estão em abrigos no Rio Grande do Sul.

Nos últimos dias, o Brasil está acompanhando uma tragédia devastadora no Rio Grande do Sul devido às enchentes. Mulheres e crianças em situação de vulnerabilidade estão desamparadas diante da situação e precisam de ajuda. Segundo os relatos, abusadores sexuais estariam se aproveitando da vulnerabilidade das vítimas, da aglomeração, da falta de energia e da instalação dos banheiros para a prática das violências.

O Instituto Survivor e o Me Too Brasil mobilizaram equipes para escuta especializada das vítimas e acolhimento por meio dos nossos canais oficiais:

0800-020-2806 (Me Too Brasil)

(11) 99861-6337 (Instituto Survivor)

Os canais via direct do Instagram do @institutosurvivor e do @brasilmetoo também estão disponíveis para denúncias.”


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