Marambaia recebe a 2ª Feira do Livro Artesanal da Amazônia

Written by on 11 de agosto de 2023

Lançamento da revista em quadrinhos “Capitão Açaí”, de Ronaldo Rony, Sarau do Recomeço, carimbó com Mestre Cuité da Marambaia, Mateus Moura e convidados, performance poética com Ana Fabem, performance “EXUberante EXU-berrante”, com Francisco Weyl, e apresentação de Márcio Siqueira (voz e violão). Tudo isso está na programação da 2ª Feira do Livro Artesanal da Amazônia, que acontece neste sábado, 12, a partir das 16h, no Mercado Municipal da Marambaia, na avenida Dalva.

“Este ano temos um número maior de autores, uma mostra de videopoesia e também uma maior participação de artistas que fazem parte do circuito periférico de Belém, como [rapper e poeta] Shayra Mana Josi, Dra. Poesia, Cuité Marambaia, Buscapé Blues, Mateus Moura, Ana Fabem e Chico Weyl”, destaca o poeta Clei Souza, que organiza o evento junto com Adriana Costa, do Sarau do Recomeço.

Durante o evento, acontecerá ainda um reencontro da Pomar – Livre Associação de Poetas da Marambaia, surgida em 2014, no âmbito do projeto Cenas Poéticas da Marambaia, criado por Francisco Weyl. Nesse momento acontecerão intervenções cênicas e musicais de Mateus Moura, Ana Fabem, Cuité Marambaia, Flávio Gama (Vivência Percussiva da Marambaia), Boi Vagalume da Marambaia, Carpinteiro de Poesia, Buscapé Blues, Mestra Antônia, Larissa Medeiros, Markus da Lama, Marcelo Sebastian, Adriana Costa, Caeté e Clei Souza.

“Mais um elemento que é fundamental tanto nessa feira quanto na sua primeira edição é a participação do Sarau do Recomeço, que vem fazendo eventos em diversos espaços periféricos da cidade e é também quem está organizando juntamente comigo a feira”, conta Clei.

Considerado celeiro cultural, em razão da resistência artística periférica popular desde a década de 1980, o bairro da Marambaia quer intervir na agenda ambiental global. Por isso, lançará, durante o evento, o Fórum de Construção de Políticas Públicas Periféricas COP30, com a participação de artistas e ativistas do bairro.

Festas e gastronomia agitam Belém ao longo da semana

“A articulação que o Chico Weyl pretende fazer é fundamental, pois os artistas da periferia estão estreitamente conectados com essas áreas que mais sofrem, nas cidades, esses impactos de modelo econômico desigual que gera poluição, má alimentação, destruição da natureza e outros problemas que se fazem presentes no mundo contemporâneo. Então, esses artistas, por essa conexão, têm uma fala em profundidade sobre o tema”, pontua Clei.

O Fórum tem como objetivo pautar a agenda das comunidades periféricas que estão à margem dos processos de articulação dialógica propositiva neste momento em que o planeta reflete as ameaças climáticas globais, e os diversos poderes e potências da Amazônia.

“A meta é envolver escolas, associações, clubes e coletivos culturais e religiosos numa grande construção pela via da qual a sociedade local tome consciência e posse de sua força política no contexto da agenda ambiental mundial”, diz Francisco Weyl, propositor do Fórum Permanente.

O Fórum nasce com um mascote, o Capitão Açaí, um antropofágico anti-herói preguiçoso, que desafia a lógica com irreverência criativa no traço de seu criador, o cartunista Ronaldo Rony.

“Os artistas da periferia estão estreitamente conectados com essas áreas que mais sofrem, nas cidades, impactos de um modelo econômico desigual.” Clei Souza, poeta e organizador do evento

Artivismo

2ª Feira do Livro Artesanal da Amazônia

Quando: Sábado, 12, a partir das 16h.

Onde: Mercado da Marambaia (Av. Dalva com Rua São Jorge, ao lado da Igreja de São Jorge)

Quanto: Aberta ao público.


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