Manoel Cordeiro estreia show “MPB feita na Amazônia”

Written by on 13 de dezembro de 2024

No Festival Psica, em Belém, Manoel Cordeiro apresenta as múltiplas vertentes da música regional em seu show de estreia do manifesto “MPB feita na Amazônia”. No domingo, 15 de dezembro, o guitarrista, compositor e produtor cultural subirá ao palco Güera, no Mangueirão, às 18h, com o propósito que vai além música. O show será a vitrine inicial no Pará de um manifesto que busca o patamar internacional para a música da Amazônia.

Brega, lambada, guitarrada e pop tropical estarão entre o repertório que simboliza a força e a diversidade sonora da Amazônia, com sucessos autorais como “Volare”, gravado pela banda Warilou, e “Fim de Festa”, parceria instrumental com Felipe.

O show terá as participações especiais de Felipe Cordeiro, Nelsinho Rodrigues e Aninha Odalisca e vai trazer homenagens a Toni Brasil, inventor do tecnobrega, e ao guitarrista Evandro Barata, seu parceiro musical de muitos anos. “Vamos trwzer uma grande banda, com metais e backing-vocals, totalizando dez músicos, nos moldes das grandes bandas que já montei em Belém, como a Warilou”, descreve.

A nova apresentação é parte da nova fase do artista intitulada “Manoel Cordeiro 7.0”, que celebra a cultura amazônica enquanto lança as bases para um movimento de valorização da arte da região como alicerce de identidade, sustentabilidade e desenvolvimento. Aproveitando a oportunidade histórica de Belém sediar a COP 30, em 2025, Manoel pretende usar sua visibilidade e legado para engajar artistas e políticos em discussões sobre o potencial cultural da Amazônia. O manifesto destaca a arte como catalisadora de emprego, renda e autoestima, reforçando a importância de inserir a cultura amazônica no contexto global.

“Cabe, na perspectiva da música amazônica, tomar consciência das várias vertentes, como o beiradão, do Amazonas, a roraimeira, de Roraima, o batuque e o marabaixo, do Amapá, o carimbó e a guitarrada, do Pará… Estamos falando de entender coletivamente as nossas raízes culturais. A nossa música é a mais potente do planeta”, descreve Manoel.

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Nascido na Ilha de Marajó, Manoel carrega nas suas produções a essência da floresta, com mais de 1.200 trabalhos assinados, que atravessaram gerações e deram voz à música popular brasileira da região.

Para Manoel, o Festival Psica é mais do que uma celebração; é o ponto de partida para que a música e a cultura amazônica sejam reconhecidas como símbolos de identidade e sustentabilidade. “Quero que o mundo conheça nossa música e nossa cultura, que são fundamentais para a Amazônia e para o Brasil. Esta é uma chance única de amplificar nossa voz e mostrar como arte e preservação podem caminhar juntas,” declara o artista.

Manoel Cordeiro transforma sua participação no Psica em um ato político-cultural, preparando o terreno para ações que culminarão na COP30. A música, nesse contexto, torna-se mais do que entretenimento: é um instrumento de mudança, inclusão e valorização da Amazônia perante o mundo.


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