Mãe de Eliza Samudio faz nova acusação contra goleiro Bruno

Recentemente, o ex-goleiro Bruno Fernandes voltou a ter o nome envolvido em polêmica judicial. Segundo Sônia Moura, mãe de Eliza Samudio, assassinada em 2010, o ex-atleta está há quase três anos sem pagar pensão alimentícia ao filho Bruninho. A informação foi revelada em uma entrevista dada ao jornal O Tempo.

De acordo com ela, Bruno não realiza repasses desde setembro de 2022, embora a Justiça tenha fixado o valor em dois salários mínimos mensais. “De lá pra cá, não tem nenhum tipo de pagamento”, afirmou. A dívida, ainda sem correção monetária, já chega a cerca de R$ 90 mil.

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Tentativa de prisão em 2022

Não é a primeira vez que o ex-goleiro atrasa o pagamento. Em 2022, uma ordem de prisão chegou a ser expedida pela Justiça de Mato Grosso do Sul. Para evitar a detenção, Bruno organizou uma vaquinha virtual e vendeu o carro, arrecadando R$ 24 mil para quitar parte do débito. Com isso, o mandado foi suspenso.

Agora, a situação preocupa novamente. Sônia afirma que, desde que o processo foi transferido para o Rio de Janeiro, onde ela e Bruno residem atualmente, o andamento da ação parou.

“Quando eu morava no Mato Grosso do Sul e o processo foi pra lá, o processo avançava, foi quando o Bruninho recebeu o último valor pelo acordo na Justiça. Aí o processo voltou para cá (Rio de Janeiro) e está parado, não sei o porquê”, disse.

Sônia também relatou que um oficial de Justiça tentou encontrar Bruno recentemente, mas não teve sucesso.

A advogada Mariana Migliorini, que representa o ex-goleiro, declarou ao O Tempo que não tinha conhecimento do atraso mencionado e alegou que o cliente recebe atualmente cerca de dois salários mínimos, o que o impediria de arcar com pensões acima desse valor. Sobre a lentidão do processo, disse que a responsabilidade é do Judiciário fluminense.

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Relembre o caso de Eliza

Eliza Samudio desapareceu em 04 de junho de 2010, aos 25 anos de idade. A modelo foi considerada morta após suspeitos confessarem o assassinato. O caso ganhou repercussão nacional devido à participação de Bruno Fernandes, então goleiro do Flamengo e apontado como mandante do crime.

Em 2013, ele foi condenado a 20 anos e nove meses de prisão por homicídio triplamente qualificado de Eliza e sequestro e cárcere privado de Bruninho.

O relacionamento entre Bruno e Eliza começou em 2009. Em maio daquele ano, ela descobriu que estava grávida. Também foram condenados no caso o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o “Bola”, e Luiz Henrique Ferreira Romão, o “Macarrão”, amigo próximo do jogador.