Líder de facção é condenado a 403 anos de prisão pelo ‘Massacre de Altamira’
Written by Redação on 6 de junho de 2025
O Massacre de Altamira é conhecido como a segunda maior tragédia do sistema prisional brasileiro, superada apenas pelo Massacre do Carandiru. Ele aconteceu em julho de 2019 no Centro de Recuperação Regional de Altamira, sudoeste do Pará, e resultou na morte de 62 detentos.
Após anos de julgamento, a Justiça do Pará condenou nesta quinta-feira (5) Dhonlleno Nunes Amaral a 403 anos e seis meses de prisão em regime fechado por participação no massacre.
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O Tribunal do Júri de Belém condenou Dhonlleno pelos seguintes crimes:
- Homicídio qualificado;
- Decapitações;
- Motim.
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Entretanto, o réu foi absolvido dos crimes de incêndio e dano ao patrimônio público.
Por que o julgamento foi transferido para Belém?
O Tribunal de Justiça do Pará determinou a transferência do processo de Altamira para Belém devido à ampla repercussão do caso na cidade de origem.
Esta medida visou garantir a imparcialidade do júri e a segurança dos envolvidos. Ainda assim, todos os depoimentos foram registrados por videoconferência.
Defesa do réu
Ao longo do julgamento, Dhonlleno Nunes Amaral negou participação na chacina. Ele ainda alegou ter sido preso apenas por tentativa de homicídio.
Dhonlleno é o segundo réu condenado pelo massacre, pois, em setembro de 2024, Luziel Barbosa recebeu condenação de mais de 396 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado.
Atualmente, cinco pessoas respondem pelos crimes relacionados à tragédia de Altamira.
Impacto no Sistema Prisional Brasileiro
O massacre evidenciou alguns problemas no sistema penal, entre eles:
- Superlotação carcerária;
- Disputa entre facções criminosas;
- Deficiências na infraestrutura prisional;
- Falta de segurança adequada.
Próximos passos na Justiça
A Justiça paraense continua o processo de julgamento dos demais envolvidos no Massacre de Altamira. Os próximos julgamentos devem manter o padrão de severidade estabelecido pelas condenações já proferidas.
