Jefferson Lima aposta na transparência e eficiência na saúde

Written by on 19 de setembro de 2024

O candidato do Podemos à prefeitura de Belém, Jefferson Lima, foi o sétimo participante da série de entrevistas realizada pela RBATV – Canal 13 com os concorrentes ao cargo máximo da administração municipal. Aos apresentadores Agenor Santos e Natália Lago, do programa Bora Cidade, que foi ao ar no fim da manhã desta quarta-feira, 18, ele confirmou que pretende implementar uma auditoria aos cofres públicos se eleito, aumentar o número de escolas de tempo integral e ainda instituir medidas para agilizar o atendimento em saúde, principalmente para gestantes e idosos.

As regras foram definidas por meio de sorteio realizado com os representantes de cada candidato no dia 3 de setembro. A próxima e última entrevistada será Raquel Brício (PM), nesta quinta-feira, 19, no mesmo horário e programa. Todos os candidatos possuem os mesmos dez minutos de tempo no ar, e mais 30 segundos para considerações finais.

Lima afirmou que os recursos acessados pelo atual gestor da capital não justificam o nível de precariedade enfrentado pela população. “Entendo que R$ 5,3 bi é orçamento grandioso para estarmos em sofrimento na saúde, com vagas deficitárias nas creches, prontos socorros abarrotados, Unidades Básicas de Saúde que não funcionam, postos médicos sem remédios. Já vamos enfrentar o inverno amazônico, então é preciso tratar os canais e desenvolver outras ações para a sociedade. A gente quer fazer um trabalho para dar dignidade, e dinheiro público tem que voltar em obras e serviços”, declarou, comprometendo-se ainda em desenvolver um sistema de transparência nos recursos públicos de modo que qualquer pessoa possa identificar quais os valores usados nas áreas mais urgentes.

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Questionado se o fato de nunca ter exercido um cargo eletivo poderia desestimular a confiança do eleitorado, Jefferson fez questão de lembrar que sua carreira de repórter de quase três décadas lhe aproximou e aproxima da difícil rotina de quem precisa de tudo. “Eu vou ter muita capacidade porque conheço a realidade, a periferia, os ônibus lotados, sei da situação. O certo é buscar pessoas experientes para poder fazer um bom trabalho. Essa questão de experiência não existe, é buscar quem sabe para fazer uma gestão competente”, rebateu.

Em seguida, detalhou sobre a criação de um cartão rosa e um cartão verde para atendimento em saúde: o primeiro para mulheres gestantes em risco, que não fizeram pré-natal, e que deve dar eficiência e agilidade na assistência junto aos Centros de Referência e Assistência Social (Cras) da prefeitura, na Santa Casa de Misericórdia, nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), nas UBSs; e o segundo é para deficientes e idosos, que precisam de mais atenção.

O candidato também anunciou que sua gestão criará quantas escolas em tempo integral forem necessárias de acordo com o dinheiro levantado para isso. “Muitas escolas precisam ser ampliadas, adequadas à robótica, às práticas esportivas, vamos ter o contraturno, e a quantidade vai depender dos recursos que conseguirmos. Temos fundos federais, como o [Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação] Fundeb, que podem proporcionar isso, mas essa prefeitura atual não faz essa busca, e educação básica é de responsabilidade do município”, destacou.

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COP 30

Para ele, apesar de a iminência da realização da 30ª edição da Conferência das Partes (COP30) em Belém ser fator de animação, principalmente dos setores ligados à economia, é preciso não esquecer que a cidade padece em vários pontos, principalmente nas ilhas.

“Temos uma cultura riquíssima, Ver-o-Peso já é usado para fazer novelas, séries, filmes, mas infelizmente está como está, a prefeitura não cuida, mas está derramando milhões para fazer um corredor gastronômico. O mercado de São Brás foi feito com recurso que nós vamos pagar. Tem que pensar nas ilhas, não adianta falar em COP30, da gringa, em quem vem discutir clima sem observar a ilha do Combu, das Onças, Cotijuba, Outeiro, onde o povo sofre sem saneamento. As pessoas estão sofrendo sem água, precisam de subestação. Não pode deixar o Tapanã sem saneamento, o Curió, que não tem um pingo de asfalto. Vamos fazer a COP 30 com respeito, o legado deixado tem de fortalecer nossa capital”, justificou. A seguir falou na realização de concurso para a guarda metropolitana, bem como treinamento adequado de agentes para atuar com poder de polícia.

“Em parceria com o Estado, com a Polícia Federal, a gente quer uma tropa que tenha, por exemplo, poder de ação contra crimes patrimoniais. O guarda está desvalorizado, vamos aumentar o efetivo nas praças, nas escolas, nas feiras. Na Feira da 25 vai ter guarita da Guarda Municipal, isso é geração de emprego e renda, vai ter aporte em Mosqueiro e Outeiro também”, confirmou.

JEFFERSON LIMA




Jefferson Ely Vale de Lima tem 49 anos. É empresário, apresentador de televisão e radialista. Começou sua carreira política no ano de 2004, após se candidatar pelo Partido Verde a uma vaga de vereador da capital paraense. No ano de 2012, filiado ao Partido Progressista, tentou vaga para o Executivo de Belém. Dois anos depois foi candidato ao cargo de Senador da República, mas não se elegeu. Em 2016 se candidatou a prefeito de Ananindeua pelo Movimento Democrático Brasileiro, o MDB, e também não foi eleito. Dois anos depois participou das eleições concorrendo à vaga de deputado estadual, mas os votos não foram suficientes. Neste pleito o candidato concorre à prefeitura de Belém pelo Podemos.


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