Ilhas de Belém têm 88 áreas com risco de erosão. Veja quais!

Written by on 19 de junho de 2025

A cidade de Belém possui 301 setores de risco de inundação e 88 áreas com risco de erosão na região das ilhas do Combu, Cotijuba, Mosqueiro e Outeiro. Os números foram apresentados ontem, 18, durante o III Encontro sobre o Plano Municipal de Redução de Riscos (PMRR) desenvolvido pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), sob a coordenação nacional do Ministério das Cidades, por meio da Secretaria Nacional de Periferias.

As áreas mapeadas pelo PMRR foram classificadas em graus de risco médio, alto e muito alto. Dos 37 bairros mapeados na cidade, cinco são considerados prioritários para ações de intervenção de obras do setor público: Tapanã; Curió-utinga; Paracuri; Terra firme e São João do Outeiro (bairro da ilha de Outeiro).

“As áreas com grau de risco muito alto estão relacionadas a áreas muito próximas a rios, conjugadas com uma baixa infraestrutura urbana”, explica a professora da Ufra e coordenadora do Plano, Milena Andrade. Já nas ilhas, os riscos maiores se concentram nas bordas de falésia e tabuleiros costeiros com infraestrutura já danificada.

Além das áreas afetadas, o mapeamento inclui propostas de intervenção, que passam pela limpeza, canalização, dragagem e recomposição vegetal.

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O plano também indica uma sugestão sobre a precificação do custo dessas obras, com base no Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi), da Caixa Econômica Federal. “É mais um instrumento que auxilia no ordenamento e na gestão do município, é uma forma de captar recursos para obras de drenagem ou de contenção de encostas”, reforçou a professora da Ufra.

Essa é primeira vez na história que um PMRR foi elaborado no Norte do país, o que, na avaliação do Ministério, representa um marco importante na política federal de mitigação e prevenção de riscos. A Defesa Civil do município é o ponto focal do documento. Entre as atribuições do órgão estão: estudar, definir e propor normas, planos e procedimentos que visem a prevenção, socorro e assistência à população e recuperação de áreas, quando ameaçadas ou afetadas por fatores adversos. “O melhor caminho é a prevenção e nossa tarefa é tornar Belém uma cidade resiliente, que esteja preparada para enfrentar adversidades e desastres e esse documento vai auxiliar nesse sentido”, pontuou o superintendente da Defesa Civil de Belém, Vitor Magalhães. mapeamento

Os 15 meses de mapeamento foram feitos de forma participativa, por meio de oficinas realizadas entre a equipe do projeto e moradores dos bairros do Jurunas, Condor, Terra Firme, Guamá, Marco, Curió-Utinga, Telégrafo, Canudos, Icoaraci, Benguí, Cabanagem e nas ilhas. Além das questões de risco, foram catalogados outros pontos de vulnerabilidade, como falta de saneamento e pavimentação em algumas ruas e acúmulo de lixo.

“O documento é importante para que a gestão municipal tome decisões mais assertivas, principalmente para as pessoas que vivem nessas áreas que estão em maior vulnerabilidade e sofrem os impactos”, finalizou a secretária de meio ambiente de Belém, Juliana Nobre.


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