Grupo de carimbó Bico de Arara, faz despedida do ano 

Written by on 22 de dezembro de 2024

O grupo de carimbó Bico de Arara faz sua última apresentação do ano neste sábado, 21, às 20h, no Espaço Cultural Apoena, com participação especial de Pedrinho Cavallero, Yuri Moreno, Fabrício Derê, Bruno Melodia e Gabirú Cigano.

“Preparamos uma grande confraternização do Movimento Carimbó, onde chamamos para participação especial amigos e parceiros relevantes para o movimento e para o grupo. Preparamos também um novo repertório, no qual valorizamos nossa ilha, São João dos Ramos, com composições de Mestre Birá e homenageamos outros compositores do Pará”, falou Ivandro Farias, produtor cultural do grupo.

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Com composições de Birá, compositor e cantor do grupo, pescador e artesão que não abre mão do “falar pesqueiro”, o Bico de Arara canta a magia do rio, a Ilha dos Sonhos, seu povo, seu legado e, ainda, canções que irão homenagear outros grandes compositores, como Mestre Lourival Igarapé e Clara Nunes. Grupos como Mãos de Veludo e Tamborimbó também vão dar o tom da última apresentação do grupo.

“Esse show representa o fechamento de um ano com muitas conquistas, onde o nosso Festival de Carimbó foi o ponto alto. E representa também um momento de celebração com amigos e parceiros de carimbó. Nosso desejo para o próximo ano é voltar à Olímpia [cidade do interior de São Paulo], para o Festival de Folclore, participar também de outros festivais pelo Brasil e a realização do nosso 3º Festival de Carimbó, com a energia do grupo, o compromisso com nossos ancestrais e com o movimento carimbozeiro ”, destacou Ivandro.

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O grupo que surgiu em 1989, na Ilha de São João dos Ramos, em São Caetano de Odivelas, e começou a tocar em barracões sem energia elétrica, é formado por Mestre Birá (vocal); Junior Chagas, Joel Rodrigues e Renatinho (curimbós); Bia Sarmento e Renato Saldanha (curimbó e maracás); Adriano e Lucinha (maracas); Alemão (milheiro e vocal); Armínio e Renato (banjo); Murilo (sopro); Silas e Bira (cuíca) e Mestres Nego Ray e Alípio Martins.

“Com a chegada da energia [elétrica] o grupo ficou meio de lado, pois começou a dividir espaço com músicas que tocavam em rádio. Foi então que o grupo se renovou, entraram pessoas novas, com ideias e ambições e passaram a tocar nos principais palcos do Estado, chegando até no considerado maior Festival de Folclore do Brasil, o Festival de Olímpia (SP)”, contou o produtor cultural, destacando ainda a importância do Espaço Apoena para o cenário do Carimbó. “É importante frisar do espaço do show, o Apoena sempre disponibilizou espaço para grupos culturais de outros municípios”.


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