Gerente demitido diz que Fábio de Melo mentiu: “destruiu minha vida”
Written by Redação on 15 de maio de 2025
Em um país onde a velocidade das redes sociais é capaz de transformar um desentendimento cotidiano em escândalo nacional, a história de Jair José Aguiar da Rosa, ex-gerente de uma cafeteria em Joinville (SC), tornou-se um exemplo emblemático. Aos 36 anos, ele diz ter saído do anonimato para o centro de uma polêmica midiática, após o que chama de um “grande mal-entendido” envolvendo o padre Fábio de Melo.
Jair afirma ter sido demitido sem justa causa pela franquia Havanna, onde trabalhava, depois de um episódio que rapidamente ganhou as manchetes e repercussão nas redes. “Até sábado eu era um simples trabalhador, agora sou a notícia de um país todo. A Havanna Joinville e a Havanna Brasil simplesmente jogaram toda a culpa em cima de mim para proteger o nome da marca”, declarou em entrevista ao portal Metrópoles.
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Segundo o ex-gerente, a confusão começou quando um acompanhante do religioso pegou dois potes de doce de leite em uma prateleira marcada com o valor de R$ 43,90. No momento do pagamento, no entanto, o sistema apontou o preço de R$ 61,90 por unidade. Jair foi chamado pela equipe do caixa para esclarecer a divergência.
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Ele explica que não foi o padre quem realizou a compra, tampouco questionou o valor. “Não é o padre que vai até o balcão fazer o pagamento, é esse rapaz de regata vermelha. Pode notar no vídeo também que quem questiona o valor não é o padre, e sim esse rapaz de regata vermelha, porque ele que foi comprar o doce. O padre só estava acompanhando ele”, descreveu o ex-gerente, citando um vídeo registrado pelas câmeras de segurança do estabelecimento.
PADRONIZAÇÃO DA MARCA
Segundo Jair, a etiqueta com o preço estava disposta de maneira que poderia causar confusão, já que não havia identificação com o nome do produto. “Em momento algum eu falei que estava errado. Falei que o preço estava lá mas estava em posição diferente. Mas, como é possível perceber nas imagens, os preços não têm nome, têm só a numeração. Não tem nome para identificar o produto. E se não tem nome para identificar o produto, não sou eu o culpado, porque é uma padronização da marca Havanna Brasil”, afirmou, acrescentando que em nenhum momento teria sido grosseiro durante o episódio.
“Estão me massacrando, ele destruiu a minha vida. Se o padre me chama e fala: ‘seu gerente, olha, está acontecendo isso’, se a gente dialogasse, a conversa era diferente. Eu jamais fui desrespeitoso. Nem sequer falei com o padre. No entanto, minha imagem foi destruída”, ressaltou.
VEJA O VÍDEO:
Nas imagens registradas pelas câmeras de segurança, o padre Fábio de Melo entra na cafeteria acompanhado por outras pessoas. O ex-gerente, identificado no vídeo, veste uma camisa rosa, enquanto o religioso aparece usando óculos e uma camiseta nas cores preta e cinza.
VERSÃO DO PADRE E NOTA DA FRANQUIA
Padre Fábio de Melo, por sua vez, negou ter provocado confusão, mas acusou o gerente de agir com arrogância durante o atendimento. Ele também afirmou que foi pessoalmente alvo do episódio e que apenas alertou sobre a obrigação legal de o estabelecimento cumprir o preço informado na prateleira. No entanto, imagens das câmeras de segurança revelam que quem realizou a compra e questionou o valor foi um homem que o acompanhava — e não o próprio padre, como sugerido em sua versão.ão legal de cobrar o preço exibido nas prateleiras, mesmo em caso de erro.
Em nota, a rede Havanna informou que está apurando o caso e confirmou o desligamento do colaborador da unidade em Joinville.