Galvão Bueno tirou Ernesto Paglia de perrengue financeiro

Quem disse que a vida dos donos dos rostinhos que aparece na TV é fácil? Embora, em algumas situações, tudo pareça glamour, financeiramente nada é fácil, mesmo para quem estava a serviço da maior emissora de televisão do Brasil.

Durante entrevista ao programa Alt Tabet, do Canal UOL, o jornalista Ernesto Paglia revelou ter enfrentado dificuldades financeiras enquanto trabalhava como correspondente internacional da TV Globo em Londres. Segundo ele, a situação foi contornada após uma intervenção direta do narrador esportivo Galvão Bueno junto à direção da emissora.

Na ocasião, Paglia relatou que o salário recebido não era suficiente para cobrir os custos de vida no Reino Unido. Um dos principais desafios era o pagamento da creche do filho. “Fiz a matrícula, mas sabia que não teria dinheiro para pagar”, contou.

De acordo com o jornalista, o encontro com Galvão Bueno ocorreu por acaso, quando o narrador estava na Europa cobrindo eventos de Fórmula 1. Durante uma conversa em um restaurante próximo ao escritório da Globo, Paglia relatou suas dificuldades. “Chorei as pitangas”, afirmou.

Após ouvir o relato, Galvão orientou Paglia a procurar a chefia da emissora, mas acabou ele mesmo falando diretamente com a então responsável pelo jornalismo. “Ele disse: ‘deixa comigo’. Voltou ao Brasil e resolveu a questão. Foi assim que consegui o reajuste”, explicou Paglia, que ainda agradeceu o apoio do colega.

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Ernesto Paglia comenta saída da Globo após mais de quatro décadas

Paglia também abordou sua saída da Globo, onde trabalhou por 43 anos. Ele afirmou que não escolheu deixar a emissora, mas que entende a mudança como parte da reestruturação do modelo de negócios da empresa.

“Cheguei ao fim da minha trajetória com um bom salário, o que foi motivo de alegria por muito tempo, mas também foi o que levou à minha saída. Não houve mágoa”, afirmou.

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Segundo o jornalista, o cenário atual do setor audiovisual, com a expansão do streaming, exige mudanças nas estruturas tradicionais. “O público determina o que quer assistir. Isso muda o faturamento e exige ajustes para que o negócio continue viável”, disse.

Vida de correspondente não é marcada por glamour, afirma jornalista

Paglia ainda comentou que, ao contrário da percepção comum, a vida de correspondente internacional não é cercada de facilidades. Ele explicou que os salários oferecidos são ajustados à realidade econômica do país de destino, e não necessariamente superiores ao que se ganha no Brasil. “Muitas vezes se ganha até menos. O valor é baseado no custo de vida local”, destacou.