Fórum Paraense de Gestão em Saúde discute o “Custo Amazônia”

Publicado em 16 de novembro de 2023

Você sabia que no estado do Pará apenas 11% da população tem acesso a Planos de Saúde? Em Roraima são apenas 4,9%, e no Acre 5,06%. Sem sombra de dúvidas, este vazio assistencial sobrecarrega o SUS e dificulta o acesso da população amazônica aos convênios de Saúde.

Para discutir essas questões e buscar soluções para os desafios enfrentados na região, o III Fórum Paraense de Gestão em Saúde traz como tema central o “Custo Amazônia”. O evento está marcado para dia 23 de novembro de 2023, quinta-feira, na Usina 265, localizada na R. Município, 265, Reduto, Belém-Pará, e as inscrições podem ser feitas pelo link.

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Pautas do evento

A importância desse debate é evidente, considerando o cenário atual e a necessidade de encontrar caminhos que possibilitem melhorias nos serviços de saúde na Amazônia Legal.

De acordo com o Secretário de Saúde adjunto do Estado do Pará e Presidente do Chapter Pará do Colégio Brasileiro de Executivos da Saúde (CBEX), Dr. Sipriano Ferraz, alguns pontos são relevantes quando se fala de Amazônia Legal e acesso à saúde. No evento, o médico visa discutir, sobretudo as questões sociodemográficas e de logística.

“Nós vamos debater o ‘Custo Amazônia’ relacionado à saúde, ou seja, quais são as dificuldades que a população amazônida tem em ter acesso à saúde de qualidade. Buscamos discutir primeiro as condições sociodemográficas da Amazônia Legal. São 9 estados e quase 33 milhões de pessoas. É interessante a gente destacar que pelo menos 10% da população amazônida tem plano de saúde. No Acre, por exemplo, 4% da população tem acesso ao plano de saúde; em Roraima, entre 5% e 6%; no Pará 11%, no Amazonas 15%. Ou seja, quando você faz uma média global, menos de 10% possuem plano e, obviamente, isso sobrecarrega o SUS. Quando você vai para São Paulo, por exemplo, 41% da população tem acesso, já no Distrito Federal, 33%. Então aqui somos mais sobrecarregados no SUS pelo fato da população ter menos plano de saúde”, explica.

Densidade e logística

“Nós temos uma baixa densidade populacional, nós temos a população espalhada por diversos pontos: população indígena, quilombola e ribeirinha. Isso deixa uma logística extremamente complicada para se fazer absolutamente qualquer coisa relacionado à saúde, desde a transferência de um paciente ao acesso a uma consulta de urgência e emergência, e a oferta de procedimentos cirúrgicos para populações de difícil acesso… essa é a nossa realidade”, conclui.

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Situação do Pará

Com apenas 11% da população paraense coberta por Planos de Saúde, a sobrecarga no Sistema Único de Saúde (SUS) é evidente, tornando indispensável a discussão sobre como otimizar recursos e oferecer atendimento de qualidade à população.

Melhoria nos serviços de saúde da região 

Os Heads confirmados para participar do evento trazem consigo experiência e conhecimento no setor da Saúde Suplementar. A troca de ideias e a busca por soluções inovadoras prometem enriquecer o debate sobre os Desafios, Perspectivas e Soluções para a implementação de melhorias nos serviços de saúde na região.

Evento

O evento terá início às 16 horas, com as plenárias, seguidas de um jantar de relacionamento no mesmo local. A Usina 265, palco deste encontro, já foi cenário de eventos marcantes e promete proporcionar um ambiente propício para a discussão e networking entre os participantes.

Vale ressaltar que essa não é a primeira vez que o Fórum Paraense de Gestão em Saúde reúne os principais protagonistas do setor. A primeira edição ocorreu em agosto de 2018, no Salão Nobre do Hotel Grand Mercure em Belém/PA, e foi um sucesso. A continuidade do evento em 2019 reforça o compromisso de trazer à tona temas relevantes e fomentar discussões construtivas sobre a gestão em saúde na região.

Expectativa

Para Sipriano, a grande expectativa é mostrar o “Custo Amazônia” e atrair a atenção do mundo para a região, mostrando os custos excessivos para manter a saúde de qualidade nos 9 estados que compõem a Amazônia Legal.

“Nós estamos prontos para manter o bioma da amazônida preservado, mas antes de qualquer coisa, nós precisamos cuidar da subsistência do povo amazônida. Então nós precisamos de escolas de qualidade, nós precisamos de saúde de qualidade, comida na mesa desta população, que em sua grande parte é muito pobre. Então nós queremos sim, atrair as atenções do mundo pra cá, e que com isso, possa ser possível ver os custos excessivos para ter uma saúde de qualidade aqui”, finaliza.

Participe!

Portanto, se você é um profissional da área da saúde, gestor, pesquisador ou interessado na temática, não perca a oportunidade de participar do III Fórum Paraense de Gestão em Saúde. Contribua para o fortalecimento do setor e para a busca de soluções que impactem positivamente a saúde na Amazônia Legal. 


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