Flanelinhas já fazem parte do cotidiano de Belém

Publicado em 4 de junho de 2024

Nas ruas movimentadas de Belém, figuras conhecidas, mas nem sempre reconhecidas, estão no cotidiano urbano: os guardadores de carros, comumente chamados de flanelinhas. Atuam à margem da formalidade, garantindo que fazem a segurança dos veículos e ajuda na hora de estacionar.

Reginaldo dos Santos, de 64 anos, trabalha há 30 anos como flanelinha na avenida Presidente Vargas. Com uma trajetória marcada por altos e baixos, Reginaldo sustenta sua esposa e já alimentou dois filhos, hoje adultos e independentes. “Iniciei meus trabalhos como flanelinha, mas já trabalhei de carteira assinada com sondagem, mas um problema na visão me fez retornar a essa profissão” explica.

Para Reginaldo, um dos desafios diários é que as pessoas mantenham o respeito para com quem desempenha tal atividade. “Algumas pessoas nos tratam mal, mas a maioria nos respeitam. Gostaria que todos entendessem que, assim como qualquer outro, este é um trabalho e precisam ter respeito”, enfatiza.

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O aposentado Manoel Brito, aos 73 anos de idade, trabalha há cinco anos como flanelinha no perímetro da avenida Assis de Vasconcelos com a rua Senador Manoel Barata. Com um passado como vigilante, ele viu na função de guardador de carros uma oportunidade de manter-se ativo e contribuir com o sustento de sua família.

Manoel, que chega ao local de trabalho às 6h e permanece até as 19h, destaca a diversidade de reações que enfrenta. “Tem gente que entende nosso trabalho e gente que não. O importante é ter educação e entender que estamos apenas tentando ganhar a vida honestamente”, afirma.

Cada um à sua maneira, enfrentando preconceitos e desafios diários, cuidando de carros estacionados nas ruas em troca de uma contribuição voluntária, Alexandre Sarges, de 44 anos, iniciou sua jornada como flanelinha ainda na adolescência, aos 14 anos, depois de atuar como ajudante de pedreiro. Atualmente, trabalha no perímetro da travessa Doutor Enéas Pinheiro, próximo a avenida Almirante Barroso, e sustenta cinco pessoas, incluindo sua esposa e enteados.

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Alexandre, que começa seu dia às 6h e trabalha até as 14h, reforça a importância de tratar as pessoas com respeito, independentemente da situação. “Venho do bairro da Pratinha todos os dias. É um trabalho que tem suas dificuldades como qualquer outro, e o que mais pedimos é compreensão das pessoas. Não sabemos o dia de amanhã. Tratar bem é essencial”, conclui.


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