Estás com “coração partido”? Não tome este medicamento!

Publicado em 29 de fevereiro de 2024

Como forma de tentar amenizar as dores de um término de relacionamento, muitos jovens estão adotando uma prática considerada perigosa para a saúde. Nas redes sociais, uma informação distorcida de que a dipirona, medicação indicada para aliviar a febre, dores em geral, cólicas menstruais e também em casos de pós-operatórios, estaria ajudando as pessoas a curarem o “coração partido”, tem ganhado força e preocupando os especialistas.

A indústria farmacêutica ainda não desenvolveu nenhum tipo de substância que contribui beneficamente para a amenização das desilusões amorosas. Um estudo realizado nos Estados Unidos, onde foram analisados os efeitos da dipirona com resposta à dor da rejeição social, mas interpretado de forma erradamente, estaria sendo o motivo da busca massiva da medicação por aqueles que querem se livrar da dor causada pelo fim da paixão.

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O farmacêutico Renato Cavalcante explica que na ânsia de tentar solucionar o problema, as pessoas acabam embarcando em dicas nada saudáveis e arriscadas. “A gente observa que nessa questão, as mídias sociais e os influenciadores acabam usando suas forças divulgando diversas informações sem embasamento técnico ou científico, e que podem prejudicar ainda mais as pessoas que estão passando por determinada dificuldade”, diz.

Os efeitos relaxantes que a dipirona produz no organismo estão levando os indivíduos à ilusão de cura do desamor. “A dipirona é um analgésico que auxilia em diversos tratamentos de cunho físico, patológicos. Ela não pode curar emoções ou qualquer outra situação. Para este quesito é necessário procurar um especialista para dar a devida atenção às condições emocionais”, orienta.

COLATERAIS

Além de não curar as dores de relacionamentos terminados, a dipirona pode desencadear efeitos colaterais no corpo. “Como dito anteriormente, essa medicação é utilizada apenas para tratamentos físicos. O seu uso descontrolado e sem qualquer orientação médica pode provocar desde uma simples reação alérgica até uma possível intoxicação pelo medicamento. Ou ainda, em situações extremas, levar a morte de quem faz esse uso para algo não tratável por dipirona”, pontua o farmacêutico.

Renato Cavalcante falou ainda sobre a importância de não usar nenhum tipo de medicação sem prescrição médica e/ou farmacêutica. “O farmacêutico, por exemplo, é um profissional que está presente nas farmácias e de fácil acesso. Antes de utilizar qualquer medicação consulte um farmacêutico ou um médico, para evitar qualquer problema, seja com a dipirona ou qualquer outro tipo de medicação, mesmo que esses sejam medicamentos isentos de prescrição”, reforça.

Na busca pela informação de qualidade, a leitura da bula de medicamentos é uma forma também de combater as fake news sobre os efeitos que as medicações promovem no corpo. “É nesse pequeno documento que está descrita toda a composição química, para o que ele (remédio) serve, como deve ser usado, os riscos e etc. Mas vale lembrar que a leitura da bula é algo complementar, a atitude não retira a importância de orientação de um profissional qualificado”, enfatiza o farmacêutico.

 

 


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