Empresa madeireira garante emprego para detentos do Pará
Written by on 13 de julho de 2023
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) e a empresa Vimex assinaram nesta quarta-feira (12) convênio para oferecer 15 vagas de trabalho remunerado para internos do regime semiaberto do Centro de Recuperação do Coqueiro (CRC). A proposta possibilita que custodiados com experiência em marcenaria possam trabalhar como auxiliar de marceneiro e em serviços gerais.
O titular da Seap, Marco Antonio Sirotheau Corrêa Rodrigues, enfatizou que a reinserção social é meta da Secretaria, por isso é fundamental encontrar parceiros que possam ajudar a ampliar esse trabalho.
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“Nós não estamos inseridos apenas no Sistema de Segurança Pública; nós fazemos parte de um sistema de gestão social. E fazemos esses dois trabalhos com nossos custodiados, e encontramos empresas parceiras que ajudam nesse direcionamento, absorvendo a mão de obra carcerária”, ressaltou o secretário.
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A Vimex, exportadora de madeira, já teve uma boa experiência anterior com trabalhadores do sistema prisional. O antigo projeto precisou ser suspenso devido à pandemia de Covid-19, mas a empresa resolveu investir novamente neste modelo de negócio, firmando convênio com a Seap.
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“Estamos muito confiantes no trabalho que está sendo feito agora pela Seap. Percebemos uma diferença em relação à última vez. Os custodiados são muito bem-vindos. Eles serão parte do grupo de colaboradores. Nossa expectativa é com o sucesso deste convênio; é poder aumentar essa quantidade de pessoas, para que a gente possa participar de uma forma maior da ressocialização deles, porque sabemos que isso é muito importante para o nosso País”, afirmou Antônio Atuati, diretor da Vimex.
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Oportunidades
Aos 39 anos, Augusto Lima atualmente trabalha como operador de estufa, secando madeira para exportação. Há cinco anos ele tem carteira assinada, mas seu primeiro contato com a empresa foi como custodiado. “Quando eu estava no semiaberto trabalhei mais de três anos na Vimex. Quando eu saí, eles me contrataram. Eu aprendi a marcenaria lá na unidade, e quando cheguei na empresa vi que era um ambiente que eu já estava acostumado, e fluiu. Quero ser uma inspiração para os outros. Dou o meu melhor todos os dias, como se fosse a primeira vez”, contou Augusto Lima.
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O interno José Brasil, 53 anos, que disse ter sido criado dentro de uma marcenaria, deixou o ofício em 2003 quando se mudou para Brasília (DF). Na unidade prisional, ele aperfeiçoou seus conhecimentos. “Já tive várias profissões, mas hoje sou marceneiro. Está no meu sangue. É igual a andar de bicicleta; a gente nunca esquece. Essa oportunidade de trabalho veio para somar na minha vida. Quero contribuir com o projeto e me reintegrar na sociedade de forma digna”, garantiu o interno.
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