Diddy: prisão em “condições bárbaras” com larvas na comida

O rapper Sean “Diddy” Combs, de 55 anos, segue preso no Centro Metropolitano de Detenção (MDC), no Brooklyn, em Nova York, após ter o pedido de fiança negado pela Justiça norte-americana. Condenado por duas acusações de transporte com fins de prostituição envolvendo duas ex-namoradas, o artista pode pegar até 20 anos de prisão, com a sentença final prevista para ser definida até outubro.

Diddy está detido em uma das prisões mais problemáticas dos Estados Unidos. O MDC é conhecido pelas condições severas e denúncias recorrentes de maus-tratos. A penitenciária abriga atualmente 1.190 detentos, entre homens e mulheres, e enfrenta sérias dificuldades estruturais: faltam funcionários, há quedas de energia frequentes e até relatos de larvas na comida servida aos internos.

Durante um julgamento em janeiro de 2023, um juiz federal de Manhattan classificou as condições do MDC como uma “tragédia contínua”. Em agosto de 2024, outro magistrado chegou a afirmar que transferiria um réu idoso para prisão domiciliar caso fosse destinado à unidade, devido às “condições perigosas e bárbaras” encontradas no local.

Apesar das críticas, o Departamento de Prisões dos EUA declarou estar realizando “esforços intensivos para melhorar as condições” do MDC. Segundo a instituição, varreduras feitas entre outubro e novembro do ano passado resultaram na apreensão de drogas, armas e outros itens ilegais dentro do presídio.

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A defesa de Diddy afirma que o artista está alojado em uma ala considerada “muito difícil” da prisão, onde há registro de brigas e violência. Em documentos judiciais de novembro de 2024, a equipe jurídica do rapper também denunciou que os constantes lockdowns no local comprometem sua preparação para o julgamento. Além disso, desde sua prisão, promotores já apresentaram novas acusações contra outros detentos por crimes como agressão, tentativa de assassinato e homicídio.

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A permanência de Diddy no MDC levanta preocupações sobre a segurança e os direitos dos presos em um sistema penitenciário que, segundo especialistas, segue longe de oferecer condições humanas de reclusão.