Detentos concluem cursos de estética em presídios do Pará

Written by on 9 de fevereiro de 2023

Promover a reinserção social através da educação, trabalho e qualificação profissional se tornou um dos pilares de atuação da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (SEAP). A secretaria vem desenvolvendo uma política para redução da reincidência criminal através de ações de educação e trabalho. Hoje, mais uma etapa dessas ações foi concluída na Central de Triagem Metropolitana II (CTM II) e no Centro de Recuperação Feminina (CRF), em Ananindeua.

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Na ocasião, 40 pessoas privadas de liberadade, 20 no CTM II e outras 20 no CRF, concluíram os cursos da área de estética oferecidos pela SEAP em parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet). Os cursos foram de Modelagem e Henna para Sobrancelhas e Unhas Decoradas para os custodiados da primeira unidade e de Técnicas Básicas de Maquiagem para o CRF.

 











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A diretora do CTM II, Ruth Helena Benassuly, durante o evento de entrega dos certificados lembrou aos custodiados e custodiadas do público LGBTQIA+ que os cursos disponibilizados são um caminho para a mudança de vida de muitos internos. “Não é somente para a questão da autoestima, mas são o início de uma qualificação. Esperamos que possam dar continuidade aos seus estudos aqui e depois lá fora”, ressaltou a diretora.

Mantendo o nível da conversa com os concluintes dos cursos, a Coordenadora de Educação Prisional da Diretoria de Reinserção Social (DRS), Patrícia Sales, destacou que a qualificação adquirida na unidade, permitirá que no futuro eles possam empreender e iniciarem um negócio próprio fora da prisão. “O setor de estética tem uma alta rentabilidade. Além de permitir a remissão de pena, os cursos que vocês participam oferecem a possibilidade da qualificação profissional para cada um”, lembrou a coordenadora.

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Livia Paiva, representante do Senac, exaltou a dedicação dos participantes, destacando que são cursos de custo elevado, dada a procura  e crescimento do setor de estética. Segundo ela, o Senac está de portas abertas para oferecer novos cursos para os internos. “Isso vai permitir que vocês possam acrescentar esses novos conhecimentos na qualificação pessoal, seguir em frente com novos cursos e que vocês não precisem depender de uma empresa no futuro, mas sim criar ou montar seus próprios negócios”, afirmou.

 











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A alegria de ver seu nome social em um certificado foi grande para Jennyfer Cryslen, de 25 anos. Para quem “não sabia nada”, ela estava muito satisfeita com o que aprendeu nos cinco dias de aula com os professores do Senac. “Agora, posso dizer que sou uma profissional”, comentou com orgulho.

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Dignidade – Jennyfer relata que já está no segundo módulo do curso de maquiagem e aguarda pela realização do terceiro. Jennyfer é o caso de um custodiado que está se profissionalizando no cárcere, uma nova realidade para quem não possui nenhum tipo de experiência profissional.  “Esses cursos que são oferecidos são muito bons porque além de ocupar nossa mente, reduzem nossa pena pela remição e a gente se torna um profissional”, assegura.

Presa a quatro anos do CTM II, Isabelle Mandelly, também estava feliz com o curso concluído na unidade. Mandelly está na terceira qualificação na área da estética, já tendo feito anteriormente o de Design de Sobrancelhas, Unhas Decoradas e Modelagem e Henna para Sobrancelhas. Além disso, está fazendo o curso de Maquiagem, com duração de dois anos, e diz que o que aprendeu vai ajudar a “realçar a beleza”.

“Lá fora vai me ajudar a abrir uma porta de emprego, que é com o que pretendo trabalhar. É um curso que adoro, que recomendo outras a fazerem”, assegura Isabelle.

CRF – No Centro de Recuperação Feminino, 20 internas concluíram o curso de Técnicas Básicas de Maquiagem. A diretora da unidade, Rita de Cássia Canto da Costa, lembrou às custodiadas que era mais uma qualificação conquistada e que acrescentaria no currículo de cada uma delas. “É a oportunidade que vocês têm de se qualificar para trabalhar lá fora, montarem seus negócios e não retornarem para o mundo do crime”, afirmou a diretora.


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