Descubra como as pimentas podem transformar seus pratos

Written by on 13 de maio de 2025

As pimentas geralmente não são o prato principal, mas contribuem para deixar a arte de cozinhar ainda melhor, desde que sejam usadas com moderação. Muitas pessoas têm intolerância ao sabor picante dos alimentos temperados com pimenta em excesso, o que pode levar ao desperdício de comida.

Leandro Garcia, chef de cozinha de um restaurante no bairro do Umarizal, em Belém, aponta que a dica para quem não tem experiência com pimentas é começar aos poucos. “A gente recomenda a nossa pimenta amarelinha, que é a pimenta-de-cheiro, como chamamos. A pimenta verdinha também é muito boa para finalizar os pratos. Fica legal e dá uma textura muito boa”, explica.

Segundo o chef, as pimentas desempenham um papel fundamental na gastronomia. “Elas fazem muita diferença na base de um prato bem preparado. Por exemplo, temos a pimenta preta, a pimenta branca, que também usamos, e a pimenta-de-cheiro, que é a mais famosa da região”.

Para ele, a pimenta-de-cheiro é a mais popular entre os clientes. “A nossa comida regional tem uma pegada muito aromática, e a pimenta ajuda a dar esse toque especial. Muitas vezes, quando você quer um aroma mais acentuado nos pratos, a pimenta-de-cheiro é a melhor escolha”, ressalta.

Sobre o molho regional, a base de tucupi, o chef adverte o segredo é triturar mais para ficar ainda mais picante. “Ela é batida somente com tucupi e com a reserva aromática, que é ali o coentro, a chicória, e alfavaca. A gente não deixa passar muito tempo pra não ficar aquela coisa muito queimosa. Que quanto mais bater ela, que quebrar a semente, triturar a semente, é isso que deixa mais ardente”.


A nossa comida regional tem uma pegada muito aromática, e a pimenta ajuda a dar esse toque especial. Muitas vezes, a pimenta-de-cheiro é a melhor escolha”. Leandro Garcia, Chef

Das receitas com pimenta, Leandro Garcia elege a verdinha como o melhor tempero. “Eu recomendo que a de cheiro, que é a verdinha que a gente trabalha, ela é muito top. Ela é uma fina de prato para dar uma textura boa, muito boa mesmo, tipo a caldeirada ali, um puxado refogado de um arroz paraense, um refogadozinho ali no camarão. Fica muito top mesmo”.

PARA ENTENDER

O consumo de pimenta mudou a dinâmica do mundo a partir das Grandes Navegações, no fim da Idade Média. A descoberta da América, segundo algumas linhas de pesquisa, pode estar relacionada a expedições em busca de especiarias, entre elas a pimenta-do-reino. No Novo Mundo, os indígenas já conheciam outras espécies e sabores, que até hoje influenciam a culinária e realçam o sabor de iguarias preparadas nos cinco continentes.

A própria pimenta-do-reino, importada da Índia nos tempos coloniais, se adaptou bem ao clima paraense, e a produção local conquistou grande espaço no cenário nacional. Atualmente, de acordo com dados mais recentes do IBGE, de 2023, o Pará ocupa o segundo lugar no ranking nacional de produção da pimenta-do-reino, com pouco mais de 41 mil toneladas colhidas e um valor de produção estimado em R$ 470 milhões.

De modo geral, as pimentas são ricas em vitaminas A, C e E, além de ácido fólico, zinco, potássio, carboidratos e fibras, segundo a Embrapa. Entre os benefícios do consumo desse fruto está o seu efeito vasodilatador, que ajuda a impedir a formação de coágulos sanguíneos.


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