Deborah Secco fala sobre sexualidade feminina: ‘precisamos nos conhecer’
Written by Redação on 12 de abril de 2025
Falar abertamente sobre sexo ainda é tabu na sociedade brasileira e, independente de escolha, conversar sobre o assunto pode se tornar uma questão de saúde, como foi o caso da atriz Deborah Secco.
Deborah abriu a intimidade ao falar sobre momentos em que deixou seus próprios desejos e vontades de lado para satisfazer parceiros. Ela chegou a revelar que enfrentou diversas formas de abuso, inclusive feitos por si mesma.
Leia também
- Deborah Secco empina bumbum e simula sexo oral em viatura
- Deborah Secco treina de biquíni fio-dental e exibe abdômen
“Várias vezes me obriguei a ter relação sem vontade ou a estar em situações apenas para agradar, para ter um homem ao meu lado”, confessou a atriz durante o programa.
Quer receber as notícias mais quentes do mundo dos famosos? Acesse o canal do DOL no WhatsApp!
Secco destacou a importância da autonomia feminina em relação ao próprio corpo e ao desejo.
“Precisamos nos tocar para nos conhecer, descobrir nosso prazer. Não é mais aceitável termos um olhar para a relação sexual como um serviço, de proporcionar prazer ao homem sem necessariamente sentir prazer, sem ser uma experiência boa para nós”, afirmou.
Conversa necessária
A atriz mencionou que, quando aborda o tema sexualidade publicamente, recebe inúmeras mensagens de mulheres que nunca experimentaram prazer ou orgasmo em suas vidas.
“Recebo uma enxurrada de mensagens de mulheres que nunca sentiram prazer, nunca tiveram orgasmo e ainda vivem no lugar da opressão, do feio, do errado. Por isso tento naturalizar e trazer um olhar para o prazer feminino, que não é errado, não é feio, não é vulgar”, explicou.
A atriz também enfatizou a importância da comunicação entre mulheres sobre suas experiências sexuais. “Se não dialogarmos umas com as outras, não vamos entender. Levei muito tempo para entender o orgasmo com penetração e ninguém falava sobre isso, então pensava que era algo exclusivamente meu”, revelou.
Para ela, o sexo representa uma “necessidade básica” comparável a outras atividades essenciais. “Para mim é equivalente a comer, tomar banho, dormir. Todos deveriam vivenciar isso de forma saudável, é uma questão de saúde. Não é feio ter prazer”, declarou.
Deborah concluiu ressaltando a importância de naturalizar o desejo feminino: “Precisamos conversar como os homens conversam entre si. Naturalizar que queremos ter prazer, que talvez seja mais difícil para nós do que para o homem, porque o homem aprende a se conhecer desde cedo, nós não. Não é justo que conheçamos o sexo apenas como um serviço.”