Cuidado multidisciplinar é fundamental para recém-nascidos

Written by on 7 de maio de 2025

A mortalidade materna e neonatal nos primeiros 10 dias pós-parto está em alta. O alerta é da médica pediatra e neonatologista e professora da Universidade Federal do Pará (UFPA), Aurimery Chermont. De acordo com dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo Demográfico de 2022, no Brasil foram estimadas 57,7 mortes maternas por 100 mil nascidos vivos e 12,84 mortes neonatais por 1.000 nascidos vivos.

Por isso, a assistência à saúde da puérpera e do recém-nascido de baixo peso demanda um olhar atento e cuidadoso de uma equipe capacitada, composta por profissionais de diferentes áreas. Segundo Chermont, a equipe multidisciplinar é fundamental no acompanhamento do recém-nascido, especialmente nos egressos da UTI neonatal.

“A abordagem integrada da equipe multiprofissional é essencial para uma assistência global ao recém-nascido, devido a englobar aspectos nutricionais, respiratórios, neurológicos e emocionais, permitindo um cuidado abrangente voltado às necessidades específicas do neonato e sua mãe”.

Na visão da médica, a interdisciplinaridade permite uma assistência combinando habilidades técnicas com comunicação eficiente e atenção às necessidades emocionais dos familiares e da equipe, com abordagem integrada, comunicação efetiva para reduzir erros e aprimorar a coordenação dos cuidados.

PROFISSIONAIS

A interdisciplinaridade é realizada por profissionais da medicina, enfermagem, nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, psicologia e serviço social em conjunto para uma evolução saudável da mãe e do recém-nascido.

“Esta integração facilita a identificação e gerenciamento de fatores de risco, melhora a comunicação entre os profissionais e com a família, além de promover a continuidade do atendimento após a alta hospitalar”.

É fundamental a gestão ter o conhecimento da importância do cuidado integrado que visa principalmente a prevenção, por meio da educação ainda a nível hospitalar. “Um gestor que integre o atendimento na prevenção de problemas sabidamente frequentes no puerpério e no atendimento neonatal desde a hospitalização do binômio mãe-bebê atua de forma preventiva, minimizando os danos após a alta”.

No Centro de Atenção à Saúde da Mulher e da Criança (Casmuc) da UFPA foram iniciados no mês de março os atendimentos para mães puérperas e para bebês com peso menor que dois quilos para prevenir a mortalidade materna e neonatal.

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“Sabe-se que o maior desafio após a alta é a consulta de retorno e neste contexto, sabendo que se a mãe retorna com seu bebê entre cinco a sete dias ao ambulatório, pode-se prevenir a infecção puerperal, hemorragia pós-parto, mastite (inflamação das mamas) nas mães, e no bebê detectar onfalite (infecção do umbigo do recém-nascido), icterícia, perda de peso maior que 10%, desnutrição em bebês prematuros tardios nascidos de 36 semanas e dificuldade para mamar”.


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