COP 30: Pará tem redução do desmatamento histórica

Written by on 7 de julho de 2023

As ações do governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), garantiram ao Pará um primeiro semestre histórico na redução do desmatamento. Segundo dados do sistema Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima, na quinta-feira (6), o Estado teve queda de 32,6% no tamanho da área recoberta por alertas de desmatamento no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período do ano passado.      

No total, o Pará saiu de 1.105 km² de áreas degradadas para 744 km², caindo para a 2ª posição no ranking, liderado pelo Mato Grosso (MT). 

O Pará sai do primeiro lugar no ranking dos estados que mais desmatam a Amazônia, no primeiro semestre deste ano, segundo dados do sistema Deter, do Instituto de Pesquisas Espaciais (Inpe), divulgados hoje.
Um avanço histórico, após várias décadas, reafirmando nossa parceria e…

— Helder Barbalho (@helderbarbalho) July 6, 2023

“Graças às nossas ações de comando e controle, garantimos a redução de alertas de desmatamento, resultado de um trabalho construído com base em estratégia e ações contundentes, como a Força Estadual de Combate ao Desmatamento e as operações Curupira, que instalou três bases fixas em locais onde há um maior índice de desmatamento, e a Amazônia Viva. Trata-se de um avanço histórico, reafirmando nossa parceria e compromisso em manter a floresta em pé”, destaca o governador do Estado.

Segundo os dados do Inpe, no mês de junho de 2023, os alertas de redução do desmatamento na Amazônia chegaram a 41% em comparação com o mesmo mês de 2022. No Cerrado, houve redução de 15% da área sob alertas em junho e aumento de 21% no semestre.

Fiscalização – O governo estadual instituiu a operação Curupira, instalando três bases fixas, implantadas em São Félix, Uruará e Novo Progresso. A operação marcou um movimento mais intenso do Executivo estadual em direção à região sudoeste paraense, mantendo diversas frentes de trabalho para fazer o combate aos garimpos ilegais, à extração de madeira irregular, além dos desmatamentos. A ação baseia-se no decreto n° 2.887, que estabelece estado de emergência ambiental em 15 municípios paraenses.

Entre as principais ações de repressão aos crimes ambientais realizadas no âmbito da Operação Curupira estão a desativação de acampamentos, o embargo de áreas desmatadas ilegalmente, a apreensão de madeira explorada ilegalmente e a desativação de garimpos ilegais, ações fundamentais para conter o avanço do desmatamento nas áreas críticas.

Amazônia Agora – Além das operações de Comando e Controle, instituídas pelo Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA) para reprimir o desmatamento ilegal, o governo estadual aposta no desenvolvimento e consolidação de uma mudança na matriz econômica com adoção de modelos de desenvolvimento sustentável baseado em baixas emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) e na implementação da Bioeconomia, para reduzir a degradação ambiental. O foco é tornar o Pará neutro na emissão de gases poluentes a partir de 2036. 

O governo atua para implantar desenvolvimento socioambiental e tornar a floresta viva e em pé em uma nova commodity global, em busca de alternativas para que as pessoas que vivem na floresta possam produzir sem desmatar.

Titular da Semas, Mauro O’de Almeida destaca que os números divulgados pelo Inpe são resultado das ações que vêm sendo implementadas e intensificadas pelo governo.

“Combater o desmatamento na Amazônia é uma tarefa muito dinâmica e que exige do poder público constantes alterações em nosso planejamento estratégico voltado para este tema. Desde o início da nossa gestão, não temos medido esforços no sentido de implementar operações de fiscalização e aperfeiçoamento do monitoramento, com o objetivo de diminuir as taxas anuais de desmatamento, movimento que já apresenta resultados, como esse anúncio do Inpe”, enfatiza.

A taxa anual de desmatamento é medida sempre de julho a agosto por outro sistema do Inpe, o Prodes, que monitora a floresta Amazônica brasileira por satélite, e deverá ser divulgada em novembro. Falta, portanto, um mês para o fechamento do ciclo.


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