Convenção das Themônias abre a Bienal das Amazônias

Publicado em 29 de junho de 2023

Apostando na autodefinição artística para a escolha
da estética, na saída dos lugares comuns da arte, no protagonismo dos artistas
amazônicos, no debate sobre como a arte pode mudar a cidade e na mudança de perspectiva
quando se fala de Amazônia, será lançada hoje, 29, às 19h, no Museu da UFPA, a
Bienal das Amazônias. 

A programação – apenas para convidados – será
comandada pelo coletivo Themônias, que levará a arte de rua para dentro do
museu.

“Somos de um movimento de rua, de artistas
dissidentes em invasão, e fomos convidados para fazer parte desse momento
inicial em alusão a esse compromisso da Bienal com espaços não institucionais.
A convenção já acontece há alguns anos e funciona como um espaço de alinhamento
do movimento”, disse Juliano Bentes, artista, pesquisador e curador da III
Convenção das Themônias.

Após o lançamento da Bienal, a Convenção passa a
ter agenda aberta para a participação do público ao longo de seis semanas
temáticas: sustentabilidade, periferias, mulheridades, transgeneridades,
etnicidades e a última sobre temas que atravessam os processos artísticos e
sociais da Themônias e de que formas se atravessam. A programação contará ainda
com shows, performances e exposição aberta. “E mais um monte de coisa legal,
com mais de 60 artistas envolvidos”, destaca Juliano.

“A ideia dessa convenção é nos juntar, alinhar
nossos discursos, mostrar que ‘themonização’ não é só uma estética, mas uma
forma de fazer arte amazônica dissidente de uma forma específica. A programação
foi pensada para abarcar várias linguagens e artistas que se identificam como
Themônias em diversas áreas”, completa Juliano.

A Bienal também quer subverter a lógica que sempre
dominou o discurso sobre a Amazônia, essa região diversa e complexa, ocupando
um espaço para pensar e promover a arte feita por indígenas, negros, caboclos e
toda a diversidade historicamente invisibilizada.

No lançamento da Bienal das Amazônias e abertura da
Convenção das Themônias, o coletivo comandará a discussão sobre políticas
públicas, das 16h às 18h, seguida das Noites Themônicas, com música de Scarlet
Queen, discotecagem de Jon Jon e performances de Espindola Brotero e Haus of
Híbrida. 

AGENDA

Entre os dias 5 de julho e 11 de agosto, a
Convenção das Themônias seguirá com extensa programação, com cada tema
explorado através das oficinas, dos “Debates Cabelo” e das performances. Nos
dias 5, 6 e 7 de julho, as atividades terão como tema a sustentabilidade.
Primeiro, nas oficinas “Um Corpo Político de Intervenção” e de maquiagem –
feita com pigmentos naturais extraídos da floresta e da terra -, comandadas por
Celeste Volúpia e Condessa Leonardo Botelho, respectivamente. 

E nos dias 12 e 13, o tema será “Periferias”, com
oficinas sobre Vivências Circenses (para público infantil) e Stilleto. Nos dias
19 e 20, o tema será “Etnicidades”, com oficinas sobre Tranças (para público
infantil) e Expressão Corporal. Nos dias 26 e 27, o tema será
“Transgeneridades”, com oficinas de Customização e Corpo Themônia. Já em agosto,
os dias 2 e 3 serão dedicados ao tema “Mulheridades”, com oficina sobre
produção. Nos dias 9 e 10, a temática será o “Movimento Themônias”, com
oficinas sobre Cabeças e Costura Criativa.

 

ENCONTRO

Bienal das Amazônias + Convenção Themônias

Quando: A partir de sexta-feira, 30, a 11 de
agosto, de terça a quinta, das 9h às 18h, e sextas, das 12h às 21h.

Onde: Museu da Universidade Federal do Pará

Quanto: Gratuito


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