Condutores em Belém insistem em estacionar nas calçadas

Publicado em 6 de fevereiro de 2024

Segundo a Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), de janeiro a dezembro do ano passado, foram lavradas 28.410 autuações na capital e seus distritos, por estacionamento irregular. Deste total, 7.707 foram por estacionamento sobre o passeio público, ou seja, em calçadas. Em 2022, os registros dessa infração somaram 4.085.

Ainda vale ressaltar que, o estacionamento em calçada é considerado uma infração grave pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB), com penalidade em multa no valor de R$ 195,23, mais cinco pontos na carteira de habilitação do condutor. Mesmo assim, a fiscalização e as penalidades não parecem intimidar alguns condutores que insistem em estacionar os veículos em calçadas que, consequentemente, dificultam a vida de moradores e transeuntes, principalmente de pessoas com mobilidade reduzida.

Na travessa Angustura, entre as avenidas Rômulo Maiorana e Duque de Caxias, as placas sinalizadoras de ‘Proibido Estacionar’ passam despercebidas por condutores de veículos que, não felizes em dificultar o ir e vir de pedestres, ‘empurram’ transeuntes para a ciclofaixa e prejudicam a mobilidade de ciclistas. A fisioterapeuta Luiza Carvalho, de 35 anos, comenta que faz o percurso todos os dias ao voltar do trabalho. Para ela, o cenário já é bem comum.

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“É sempre assim, nós temos que desviar dos carros, às vezes ir para a ciclofaixa ou até mesmo para a pista para não atrapalhar os ciclistas também, né? É algo muito comum, todo mundo faz”, reclama.

Nas calçadas estreitas da travessa Lomas Valentinas, com a rua Antônio Everdosa e avenida Pedro Miranda, no bairro da Pedreira, a cena se repete. Em um certo perímetro, pedestres também transitam na ciclofaixa em função dos carros estacionados na calçada. Na avenida Duque de Caxias, no bairro do Marco, clientes de uma oficina de carros aguardam o atendimento em cima do passeio público e do piso tátil – que é uma das ferramentas utilizadas para oferecer acessibilidade a pessoas com deficiência visual.

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Ao lado, onde também funciona o Centro de Atenção Psicossocial Infantil (Capsi), um veículo a serviço da prefeitura também foi registrado estacionado nas mesmas condições dos veículos particulares. De acordo com um trabalhador da área, que não quis ser identificado, práticas como essa são recorrentes. “Todo mundo tem que desviar para poder andar, e é muito raro ocorrer fiscalização da Semob por aqui”, ressalta.


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