Combate à dengue ainda encontra resistência de moradores

Written by on 18 de janeiro de 2025

Segundo dados da Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa), os casos de dengue no Estado cresceram 276% em 2024. Até o dia 31 de dezembro do ano passado, 17.578 casos confirmados de dengue foram confirmados, com 12 óbitos. Os números superam em muito as ocorrências de 2023, quando foram registrados 4.673 casos da doença com apenas uma morte.

No intuito de combater esses números, a Prefeitura de Belém vem intensificando as ações de prevenção em todos os distritos administrativos da capital paraense.

Na manhã da última sexta-feira (17), a Secretaria Municipal de Saúde (Sesma) realizou um mutirão de combate à dengue no bairro do Tapanã, Distrito Administrativo do Bengui (Daben).

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Foram visitados cerca de 1,2 mil imóveis, eliminados 254 focos do mosquito e notificados três casos suspeitos de dengue. “Temos uma equipe de agentes muito dedicada ao trabalho, que conhece os moradores dos bairros onde atuam, orientando as pessoas e cuidando da saúde delas. É muito bom quando a gente faz uma campanha dessas, encontra e elimina focos, prevenindo que essas pessoas adoeçam”, frisou o secretário municipal de saúde, Rômulo Nina, que esteve no mutirão.

A casa de Raimundo Donato Rodrigues, de 66 anos, recebeu a visita de alguns dos 90 agentes de Combate a Endemias (ACEs). Morador do bairro há 13 anos, Raimundo ficou surpreso ao saber que, no quintal de sua casa, um foco do mosquito da dengue foi encontrado. O foco foi prontamente eliminado pelos agentes. “A gente tá sempre olhando e fazendo limpeza, mas não temos o conhecimento que os agentes têm, por isso que essa vistoria é muito importante. A partir de agora, vamos ter mais cuidado”, disse o morador.


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Mutirões e vacinas

Entre as residências visitadas pelos agentes, mais da metade não foi vistoriada por recusa dos moradores ou por estarem fechadas. O secretário Rômulo Nina destacou que a realização de mutirões e a divulgação da ação incentiva os moradores que ainda resistem a abrirem suas casas e, assim, tomem consciência da importância da visita dos ACEs para a saúde coletiva.

Outro ponto destacado pelo titular da Sesma é a importância da vacinação contra a dengue. A vacina está disponível na rede municipal de saúde para o público de 10 a 14 anos, mas a procura pelo imunizante é baixa. A cobertura vacinal em Belém está em 6,7%. Rômulo Nina enfatizou que os pais devem levar os filhos para tomar a vacina, o que ajuda a manter a saúde da família toda. Clique aqui e veja todos os locais de vacinação contra a gripe e a Covid-19.

Mutirões e educação

Com a chegada do período de chuvas mais intensas na região, conhecido como “inverno amazônico”, aumentam as chances de proliferação do mosquito Aedes aegypti que, além da dengue, também é vetor de outras arboviroses, como a zika e a chikungunya. Nesse período, a Sesma intensifica as visitas domiciliares e realiza mutirões nos bairros com maior incidência de casos.

“Durante os mutirões, os agentes vistoriam residências e pontos comerciais para detectar recipientes com água parada que se transformam em potenciais criadouros do mosquito. Além disso, conversam com os moradores, realizando a educação em saúde, orientando sobre os cuidados nos quintais dentro das casas e terrenos abandonados, assim como indicam como agir em caso de suspeita da doença”, explica Alberto Rodrigues, chefe de Divisão de Controle de Endemias da Sesma.

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O próximo mutirão da Sesma para combater a dengue será realizado nos bairros do Distrito Administrativo de Outeiro (Daout) na próxima sexta-feira, 24 de janeiro. Até lá, serão realizadas atividades de rotina, com visitas regulares em todos os bairros.


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