Com alta nos hortifrutis nas feiras, o jeito é pechinchar

Written by on 7 de dezembro de 2022

Nos últimos meses, diversos produtos indispensáveis na alimentação das famílias paraenses sofreram elevações nos preços. Entre eles estão os hortifrútis, que incluem frutas, legumes e hortaliças, a farinha e o ovo. Fazer as compras nas feiras livres da capital paraense continua sendo a melhor opção para economizar, já que o cliente, muitas vezes, consegue fracionar a compra dos itens e até mesmo negociar descontos com os feirantes.

É preciso ficar atento e conversar com os feirantes para saber quais os prováveis dias da semana em que os produtos poderão ser ofertados com promoções. É o que garante o feirante Nildo Moreira, 43, que há 8 anos comercializa hortifrútis na Feira da Pedreira. Ele consegue efetuar mais descontos quando os produtos são encontrados em maior quantidade e, consequentemente, com menor valor na Central de Abastecimento do Pará (Ceasa).

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Além disso, Nildo conta que procura satisfazer a vontade do cliente. Na barraca dele, o mix de verduras e legumes para pratos como sopa e cozidão está custando R$ 8. Já o maço de cheiro verde, acompanhado de chicória, alfavaca, cebolinha e pimenta de cheiro custa R$ 3. Mas se o cliente levar dois vai pagar somente R$ 5.

“A gente consegue fazer promoções quando sai mais barato na Ceasa. O cliente que frequenta a feira compra mais barato aqui do que no supermercado, porque sempre tem o diálogo. Se o cliente quer comprar R$ 10 de alguma coisa, a gente faz. Vamos fazendo conforme o cliente pede. Teve bastante aumento. Mas a gente procura manter o preço e diminui a quantidade. No momento, a cebola ainda está com valor alto. A saca está saindo a R$ 160. O preço normal é R$ 50 a R$ 70. No verão fica até por R$ 40”, explicou o feirante.

BALANÇO

 











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Conforme pesquisas realizadas pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/Pará), de janeiro a outubro deste ano, os hortifrútis que registraram os maiores reajustes de preços foram a cebola, com alta acumulada de 70,80%; seguida da batata doce branca, com a alta de 56,39%; o maço de alfavaca que acumulou 52,07%; maço de alface com a alta de 48%; a macaxeira que subiu de 42,48%, entre outros.

Outra pesquisa do Dieese analisou a variação de preços do ovo, que alcançou um reajuste acumulado de 15,66%, de janeiro a novembro deste ano, contra uma inflação estimada em torno de 5% para o mesmo período. Já nos últimos 12 meses, o reajuste acumulado foi de 15,54% contra uma inflação estimada em torno de 7%. A farinha também encareceu nos últimos meses. O balanço do Dieese apontou que, de janeiro a outubro deste ano, a alta acumulada foi de 4,15%. E nos últimos 12 meses o reajuste acumulado foi de 4,29%.

Com tantos aumentos, os feirantes que comercializam ovos e farinha estão lucrando menos. Atuando na Feira da Pedreira há 7 anos, a feirante Yasmim Neves, 21 anos, disse que ainda está comercializando ovos apenas para atender a procura dos clientes. Mas o lucro diminuiu drasticamente. E a farinha também aumentou bastante de preço. “O ovo aumentou de outubro pra novembro. A forma com 15 unidades era R$ 6 e agora está R$ 9. A caixa de ovo está saindo a R$ 180 pra gente. E a gente comprava por R$ 130 ou R$ 120. Às vezes vem quebrado, podre e perdemos. A gente só vende pra completar, porque estamos só trocando o dinheiro. O litro da farinha de Bragança era R$ 5, agora está R$ 7. Como é tempo de chuva alaga a plantação e eles não produzem muita farinha. Então, o preço aumenta. Temos mais lucro da farinha e goma”, informou.

Apesar dos aumentos, os consumidores continuam indo à feira para adquirir os produtos. É o caso do administrador Floriano Rodrigues, 81, que percebeu os aumentos, mas mantém as despesas controladas. “Aumentou tudo. A farinha eu comprava a R$ 5 e agora está R$ 7. Está muito difícil. Mas a gente tem que controlar os ganhos, se não souber fica sem. Com 14 anos já administrava o dinheiro da família e é por isso que tenho facilidade de administrar a minha receita”, afirmou.


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