Cesta básica tem alta pelo sexto mês consecutivo em Belém

Publicado em 5 de julho de 2024

Pelo sexto mês consecutivo, o custo da cesta básica dos paraenses voltou a ficar mais caro neste ano de 2024. De acordo com as pesquisas do departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese/PA), o mês de julho apresenta, somando os 12 alimentos básicos da cesta, um aumento de quase 1% em relação ao mês anterior, totalizando o valor de R$695,58. Os dados do Diesse destacam os preços do leite com alta de 10,05%; seguido do café 5,38%; manteiga 2,38%; arroz 1,19%; carne 0,22% e o óleo de soja 0,14%.

“Eu sinto que toda vez que eu venho aqui é um preço diferente. Tá tudo caro e não bate com o piso salarial atual. Às vezes eu olho para o lado e para o outro e não vejo alternativa, acabo optando por não levar o produto, mas isso nem sempre dá para fazer, tudo é tão essencial para compor a mesa”, relata Maria Alexandra, empreendedora.

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Já no acumulado de janeiro a julho, o custo da alimentação dos moradores de Belém subiu 7,77%, superando em mais que o dobro a inflação estimada para o mesmo período, que era de aproximadamente 2,5%. “Estou olhando os valores na expectativa de achar um café mais em conta, mas o preço aumentou”, conta Cintia Barreto, técnica em enfermagem. Para a profissional, uma das alternativas é recorrer à substituição dos produtos. “O que eu posso fazer eu faço, e hoje eu escolhi não levar o café e optar pelo suco. Pretendo fazer isso com os demais produtos, até as coisas se estabilizarem”.



O Dieese esclarece que, para uma família padrão belenense, composta por dois adultos e duas crianças, o custo total da cesta básica alcançou R$ 2.086,74 em junho, o que exige, aproximadamente, 1,47 salário mínimo para cobrir apenas as necessidades alimentares básicas, conforme o valor atual do salário mínimo, que é de R$ 1.412.

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De acordo com o Balanço Nacional da Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos, realizada pelo DIEESE, mostra que das 17 capitais, mais da metade (10 capitais), apresentaram aumentos no custo total da Cesta, e no restante (7 capitais) houveram recuos de preços. Belém registrou o 12º maior valor entre as demais capitais pesquisadas

Alta repercute nos negócios do chefe de cozinha Nilson Cardoso. “Nem sempre tenho como evitar comprar produtos caros. Mas sigo consciente que não posso ofertar as comidas com os preços elevados, justamente porque não quero me prejudicar e nem aos meus clientes. Por isso, comecei a ir em até três supermercados antes de comprar qualquer produto, só assim para manter os preços estáveis”, afirma.


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