Boletim da Fiocruz traz Pará entre Estados com alta de Covid

Written by on 19 de novembro de 2022

O Pará está entre os 12 estados que registraram alta dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) causados pela Covid-19. É o que revela o novo Boletim InfoGripe da Fiocruz, divulgado ontem, 18. O relatório destaca ainda que a doença corresponde a 47% das infecções respiratórias diagnosticadas nas últimas quatro semanas, com tendência de alta. No último mês, a proporção de testes realizados com resultado positivo cresceu 682% nos laboratórios do Brasil.

No Pará e em outros seis estados – Amazonas, Paraíba, Pernambuco, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo – o crescimento dos registros de SRAG acontece nas faixas etárias acima de 60 anos por conta do coronavírus, informa a Fundação Oswaldo Cruz.

No mapa nacional apresentado pela Fiocruz e que projeta o avanço da SRAG relacionada à Covid-19, o Pará desponta com probabilidade de 95% de aumento de casos de Covid-19. O indicador leva em conta a estimativa de casos recentes, e evolução desses indicadores nos gráficos das séries temporais de cada localidade.

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A análise tem como base os dados inseridos até o dia 14 de novembro no Sistema de Informação de Vigilância Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe), do Ministério da Saúde. Para o pesquisador da Fiocruz e coordenador do InfoGripe, Marcelo Gomes, o cenário reforça a importância de a população atualizar o esquema vacinal contra a doença.

Muitos estados voltaram a recomendar o uso de máscaras. Além da vacina, o pesquisador da Fiocruz também chama atenção para a orientação do uso de máscaras em determinados locais com o objetivo de reduzir a circulação do vírus.

“A vacina é muito importante para diminuir o risco de agravamento, mas o seu papel é um pouco menor na transmissão. Por isso, é fundamental que a gente volte a utilizar boas máscaras em situações específicas, ou seja, em transporte público, locais fechados e situações com muita gente em um espaço relativamente pequeno. É vacina no braço e máscara no rosto”, enfatiza o pesquisador Marcelo Gomes.

BELÉM

Belém figura entre as 17 capitais que apresentam sinal de crescimento na tendência de longo prazo. Diferentemente do Estado do Pará, a capital registra crescimento maior na faixa etária de 20 a 29 anos, segundo o boletim. Também apresentam crescimento as capitais: Aracaju (SE), plano piloto e arredores de Brasília (DF), Curitiba (PR), Florianópolis (SC), Fortaleza (CE), João Pessoa (PB), Maceió (AL), Manaus (AM), Natal (RN), Recife (PE), Rio Branco (AC), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), São Luís (MA), São Paulo (SP) e Teresina (PI).

O Boletim Infogripe destaca que, em razão de os dados laboratoriais associados aos casos de semanas recentes serem parciais, tal cenário tende a mudar ao longo das próximas semanas. “É esperado que esses números sejam maiores do que o que já observamos nesta atualização, podendo inclusive aumentar o número de estados em tal situação”, informa a Fiocruz.

Com relação aos casos de óbitos em todo país, o Boletim Infogripe destaca que o percentual foi de 83,6% pelo Sars-CoV-2, vírus da Covid-19, 4,1% para Influenza A e 1,4% para VSR. Não houve um número de mortes significativo ligado ao Influenza B.

BRASIL

Em 2022, já foram registrados em todo país 40.439 óbitos, sendo 29.253 (72,3%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 9.033 (22,3%) negativos, e ao menos 869 (2,1%) aguardando resultado laboratorial. Dentre os positivos neste ano, 3,2% são Influenza A, 0,1% Influenza B, 0,8% vírus sincicial respiratório (VSR), e 94,1% SARS-CoV-2 (Covid-19). Nas 4 últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 4,1% Influenza A, 0,0% Influenza B, 1,4% vírus sincicial respiratório (VSR), e 83,6% SARS-CoV-2 (Covid-19).

PARA ENTENDER

MÁSCARA

– Nesta última semana, o Observatório Covid-19 da Fiocruz voltou a orientar o uso de máscaras em locais fechados, com pouca ventilação ou aglomeração de pessoas. A utilização também é recomendada para grupos de risco da doença, como imunossuprimidos, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades.

l O observatório ainda reforça que a melhor medida de proteção contra o coronavírus é a vacina e que todos devem completar o esquema de imunização, incluindo a 2ª dose de reforço, destinada a todos os adultos com mais de 18 anos.


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